O delator Tony Garcia afirmou em entrevista ao programa Boa Noite 247 nesta sexta-feira (2), que desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados depois de participar de uma ‘festa da cueca’ com garotas de programa em Curitiba (PR), na época da Operação Lava Jato.
No TRF4, onde são julgadas ações da segunda instância, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por unanimidade no caso do triplex do Guarujá.
“Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel”, disse Garcia ao jornalista Joaquim de Carvalho.
Gravação ilegal
Garcia havia afirmado anteriormente que gravou o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018, de maneira ilegal, a mando do ex-juiz Sérgio Moro.
“Jamais tinha passado por uma coisa tão fora da lei. Queriam criminalizar a política. Falavam que políticos eram bandidos. Criminaliza políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados. Deltan, Carlos Fernando, Moro. O que eles botavam na minha boca… para buscar coisas contra o PT, para tirar o Lula da eleição”, continuou.
Gabriela Hardt engavetou
O delator disse ainda: “fui instado a procurar coisas contra o PT através do Eduardo Cunha, que era meu amigo. Uma perseguição clara (contra o PT). Grande parte do estou falando, eu falei pra Gabriela Hardt. Eu denunciei, e nada acontece. Ela engavetou. O Brasil tem que passar isso a limpo. Eles (senadores) tinham de fazer uma CPI da Lava Jato.”
Revista Fórum