Um chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Rondônia, procurou a Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (13), após ter o número de telefone e fotos divulgados em um grupo de garimpeiros. Ele denuncia que as mensagens passam tom de intimidação, segundo informa matéria do G1.
De acordo com o servidor, a ação é uma retaliação, depois que mais de 80 dragas utilizadas no garimpo ilegal no rio Madeira foram destruídas durante operação realizada pela PF em Porto Velho.
Na manhã desta quinta, a vítima descobriu que seu número e foto tinham sido divulgados no grupo e os integrantes atribuíam a ele e ao Ibama a responsabilidade pela organização da operação policial.
Algumas horas depois, uma pessoa entrou em contato com ele fazendo perguntas pessoais, como: onde ele trabalha, qual a função, onde estava naquele momento e, mais especificamente, se ele participava de ações contra a garimpagem.
“A gente se sente no mínimo intimidado. Tem uma ameaça implícita, vindo de onde veio: um grupo de garimpeiros que acabaram de ter suas balsas queimadas. A gente pode ter uma represália por causa disso”, comentou.
Por temer a segurança da família, o servidor procurou a PF e registrou um boletim de ocorrência como ameaça e intimidação ao serviço público. Ao g1 ele explicou que casos de violência contra o órgão de fiscalização tem se tornado mais frequentes em Rondônia e acabam dificultando os trabalhos dos agentes.