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15 outubro 2024

Hospital Municipal de Santa Luzia do Oeste é interditado pelo CREMERO após denúncia

No último domingo (19) o Hospital Municipal Maria Verli Pinheiro, de Santa Luzia do Oeste, sofreu uma interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina (CREMERO) após pedido do Ministério Público. A interdição ocorreu em razão de irregularidades na prestação dos serviços de saúde, em especial, diante da grande quantidade de medicações e insumos encontrados com prazo de validade vencido, em contrapartida à falta de medicamentos noticiada pela população.

De acordo com CREMERO, este é mais um hospital que não possui alvará do corpo de bombeiros, vigilância sanitária e nem mesmo registro de pessoa jurídica junto ao Conselho Regional de Medicina.

“Os problemas encontrados são infinitos. Não há insumos pediátricos de intubação compatíveis com essa faixa etária. Há uma propaganda de clínica médica particular em uma instituição pública. O acondicionamento de cilindros de gases é inadequado com risco de acidentes graves, pois eles se encontram no saguão de entrada da unidade. Os extintores de incêndio estão vencidos há anos. Infiltrações, rachaduras, mofos e vidros quebrados nas janelas denotam uma estrutura predial em permanente abandono. Fiações expostas levando ao risco de incêndio e acidente elétrico”, acrescentou delegado regional do Cremero.

Hospital Municipal Maria Verli Pinheiro trata-se de uma unidade de saúde hospitalar e de pronto socorro e possui em funcionamento 17 leitos, com corpo clínico de seis médicos, sendo três efetivos e três emergenciais. Segundo o relatório técnico de vistoria, a unidade de saúde atende atualmente casos de pequena e média complexidade.

A presidente do CREMERO, Dra. Ellen Santiago, afirmou que 4,5 toneladas de medicação vencida foram descartadas e que inclusive poderia ter sido usada para atender os pacientes necessitados no auge da pandemia, porém, ficaram paradas até o vencimento trazendo prejuízo para a população e para o governo que investiu.

“Esses insumos vencidos se encontravam misturados com demais insumos dentro do prazo de validade mostrando a falta de organização”, disse presidente do Cremero.

Os problemas no Hospital de acordo com órgão incluem falta de insumos pediátricos de intubação compatíveis com a faixa etária; medicamentos vencidos; extintores vencidos; infiltrações; rachaduras; mofos e um estrutura predial em abandono.

Cremero está aberto ao diálogo e infelizmente até o momento nem as solicitações do conselho nem do MP foram atendidas em tempo hábil. A promotora de justiça Dra. Daeane Zulian Dorst agradece as ações em conjunto com o Cremero que vem em favor de benefícios e proteção da população.

Fonte: News Rondônia

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