O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, está intensificando a vigilância dos indicadores do Programa de Saúde na Escola – PSE, nas escolas da rede pública de ensino, juntamente às equipes de Estratégia de Saúde da Família – ESF. A implementação das ações sobre os riscos do tracoma deve ocorrer principalmente, em escolares na faixa etária dos cinco aos 14 anos, vez que a doença, comumente confundida com a conjuntivite, pode levar à cegueira. O tracoma é uma doença inflamatória ocular, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que ocorre especialmente em áreas de maior concentração de vulnerabilidade social.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha destaca que, por meio do Programa de Saúde na Escola, a Agevisa tem desenvolvido atividades de promoção, prevenção e busca ativa de casos de tracoma para iniciar o tratamento imediato nas escolas dos municípios do Estado, além de realizar palestras educativas acerca da doença e saúde ocular. As palestras trazem uma abordagem sobre sintomas, como se dá a transmissão e, especialmente sobre os cuidados para a prevenção.
A gerente técnica de Vigilância Epidemiológica, médica Arlete Baldez observou que, “a concentração de crianças nas escolas, por exemplo, nas aulas de educação física, cria um ambiente propício à disseminação da bactéria. O tratamento é fácil, porém se não for tratado, com o tempo pode prejudicar a visão e até mesmo levar à cegueira”, explicou.
Segundo a coordenadora estadual do Tracoma, Margarida Capelette, os sintomas são olhos vermelhos, irritados, lacrimejantes e com secreção, coceira com sensação de areia nos olhos e intolerância à luz, por isso se confunde muito com a conjuntivite comum. A transmissão de uma pessoa para a outra ocorre por meio do compartilhamento de objetos contaminados, tais como lápis, borracha, caneta, toalhas e roupas de cama.
A prevenção, segundo Margarida Capelette, é basicamente os cuidados com a higiene pessoal. “Lavar as mãos e o rosto várias vezes ao dia, procurar não coçar os olhos, dormir sozinho na cama e quando isso não for possível, deitar com a cabeça para lados diferentes e não compartilhar toalhas e lenços. Em muitos casos pode até não ter sintomas, contudo, quem convive com uma pessoa contaminada, também precisa passar por exame em uma unidade de saúde”, explicou a coordenadora.