A Polícia Civil de Ariquemes (RO) concluiu o inquérito sobre o caso do recém-nascido que foi dado como morto, mas apresentou sinais vitais quando já estava na funerária e acabou morrendo dias depois. Uma médica foi indiciada por homicídio culposo, segundo informa o G1.
O caso aconteceu em dezembro de 2021, quando a médica acusada fez o primeiro atendimento a uma jovem de 18 anos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A mulher chegou à unidade de saúde sem saber que estava grávida e reclamando de fortes dores. Ela foi medicada e liberada para voltar para casa, sem a constatação da gravidez.
Na mesma noite, as dores aumentaram e a jovem, que estava no sexto mês de gestação, teve o bebê em casa em um parto normal. Junto da mãe, a jovem levou o bebê para o Centro de Parto Normal, anexo ao Hospital Municipal, onde outra médica atestou a morte da criança.
Um agente funerário que iria preparar o corpo do recém-nascido para o enterro observou que o bebê ainda estava vivo e o levou de volta para o hospital. O menino, que recebeu o nome de Augusto, morreu após duas semanas internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
“Após a notícia do nascimento da criança que nasceu morta, e na manhã seguinte foi verificado que ela estava viva e após 14 dias ela veio a falecer, foi instaurado um inquérito policial e todos os envolvidos foram ouvidos pela delegacia e foi concluído que houve uma falha na prestação de serviço de atendimento à criança. Após várias diligências, foi feita a reprodução simulada dos fatos, foi feita a exumação e ficou constatado que houve uma falha. Uma médica foi indiciada por homicídio culposo”, explicou o delegado Joas da Silva Gomes.