O estudante Alessandro Binow, morador de Espigão do Oeste, interior de Rondônia, havia recebido uma carta de incentivo enviada pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa). Encontrou um novo asteroide após analisar imagens do projeto IASC.
O jovem de 18 anos, é astrônomo amador e administra uma página nas redes sociais voltada, onde divulgou a descoberta.
“Galera, é com imensa alegria que venho anunciar a detecção que fiz de dois asteroides nos últimos dias 20/21 desse mês! ”, escreveu em um post, Alessandro.
Atualmente ele faz parte da equipe de Lorrane Olivlet para caçar asteroides. Ambos estão em um projeto chamado International Astronomical Search Collaboration (IASC), em parceria com a NASA, onde qualquer pessoa pode participar e ajudar a NASA a encontrar asteroides que ainda não foram identificados.
Ele havia instalado um programa chamado “Astrométrica”. Onde cada equipe recebe pacotes de imagens, tendo 4 imagens dentro de cada pacote. Com isso eles começam a caça por asteroides.
“Eu me surpreendi MUITO quando vi um pontinho de luz se mexendo, meu coração foi a mil! Eu estava muito esperançoso de encontrar algo, só não esperava que seria tão rápido! E é questão de muuuita sorte conseguir pegar um pacote onde tenha um asteroide ainda não detectado,” escreveu Alessandro.
Alessandro conta que no dia 20, encontrou apenas um pontinho de luz se movendo e no dia 21 encontrou dois. Desses três, dois foram confirmados.
“Caso algum desses asteroides ainda não tenha sido “descoberto”, a própria NASA pode me dar o direito de dar um nome para ele! Mas esse processo pode demorar anos para ser concluído.” disse Alessandro.
O jovem concluiu o Ensino Médio recentemente na Rede Pública Estadual de Ensino, por meio do canal da Mediação Tecnológica, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Seu objetivo profissional é participar da organização e seguir carreira na área da astronomia.
“Para a minha surpresa, no dia 27 desse mês, eu fui surpreendido! Quando vi, não acreditei! Quase caí de costas quando vi a logo da NASA naquele envelope! Foi uma das maiores surpresas até hoje na minha vida!”, publicou o jovem em sua rede social.
Alessandro ressalta que há mais de um ano mandou uma carta para Nasa, demonstrando toda admiração pelo trabalho da Agência. “Até mandei uma foto minha com a camisa estampada com a logomarca deles. Nunca estive muito esperançoso quanto a receber uma resposta, ainda mais se tratando da maior agência espacial do mundo. Como passou muito tempo, já nem me lembrava dessa carta. Acreditava que ela nem teria chegado lá”, explica.
A gerente de Mediação Tecnológica da Seduc, Dani Brasil, explica que a ferramenta tem parte nesta conquista, visto que os professores costumam incentivar os estudantes diariamente. “Costumamos falar durante as aulas que os nossos estudantes são da “Nasa”. Os alunos da mediação são ousados, pois nós incentivamos essa ousadia neles”, finaliza