A paralisação dos trabalhadores da educação realizada nesta terça-feira (25) mobilizou profissionais em diversas cidades do Cone Sul de Rondônia, incluindo Vilhena, Cerejeiras e Colorado do Oeste. Organizados pelo Sintero Regional Cone Sul, os servidores reivindicaram melhores condições de trabalho, aumento do auxílio-alimentação para R$ 1.000,00 e valorização dos títulos acadêmicos, como pós-graduação, mestrado e doutorado, entre outras pautas de luta da categoria.
Na segunda-feira (24), um ônibus partiu de Vilhena para Porto Velho, onde os servidores se uniram a uma caravana para protestar na capital. As manifestações ocorreram nas ruas, em frente ao CPA (Centro Político Administrativo) e também em reuniões com deputados estaduais, onde as pautas da categoria foram apresentadas. No entanto, na Mesa Estadual Permanente de Negociações (MENP), o governo não avançou como esperado nas discussões, limitando-se a prometer um estudo sobre a proposta.
Mobilização no Cone Sul
Em Vilhena, a paralisação foi liderada pelas dirigentes professora Lívia Maria e a técnica Roseli Mendes, que acolheram os trabalhadores com um café da manhã na sede do Sintero. No encontro, foram repassadas informações sobre a manifestação. Após o almoço, as representantes participaram de uma rodada de entrevista na rádio Onda Sul FM, onde reforçaram a necessidade do apoio da comunidade e detalharam as reivindicações da categoria.
No período da tarde, os trabalhadores realizaram uma manifestação na Praça Nossa Senhora Aparecida, contando com um carro de som para informar a população sobre o movimento. Além disso, a pauta do Sintero ganhou destaque em emissoras de rádio, TV e jornais online da região.
Para a professora Lívia Maria, a paralisação demonstrou não apenas a força do Sintero, mas também a urgência da valorização da categoria. Ela destacou a disparidade entre os R$ 253,00 recebidos pelos trabalhadores como vale-refeição e os valores destinados a vereadores, que chegam a R$ 1.200,00 em Vilhena e R$ 1.400,00 em Cerejeiras, sem contar as diárias recebidas pelos parlamentares.
“Nossa luta é por valorização. Não se faz educação de qualidade sem reconhecer os profissionais que a constroem. Também estamos cobrando do governo Marcos Rocha a valorização dos títulos acadêmicos, pois essa é uma reivindicação justa e necessária”, enfatizou a dirigente.
Diante do impasse com o governo, o Sintero seguirá mobilizando a categoria e não descarta novas paralisações, caso as reivindicações não sejam atendidas.