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21 outubro 2024

No ACRE, estátua de Chico Mendes é arrancada por vândalos em praça pública

Na noite desse sábado (2), Ângela gravou um vídeo no local mostrando que a estátua ainda continuava no chão. Ela fez um desabafo e pediu providências do poder público. 

“Essa é a cena desde ontem [sexta-feira,1]. A estátua do meu pai totalmente abandonada. A gente está percebendo claramente qual a importância que esse governo tem dado à trajetória, a história do ambientalismo no estado e no Brasil. A gente está falando da imagem do patrono nacional do meio ambiente, uma pessoa reconhecida nacional e internacionalmente, mas que aqui, em seu estado, é tratado com todo esse descaso”, lamentou. 

A Polícia Civil confirmou, neste domingo (3), que tomou conhecimento do fato na manhã desse sábado e já tomou “providências indo ao local do crime, realizando perícia técnica e dando início às diligências no sentido de identificar o(s) autor(es) da prática delituosa.” 

Descaso 

Chico Mendes foi morto com um tiro de escopeta em 22 de dezembro de 1988 enquanto tomava banho nos fundos de casa, uma semana antes, o líder seringueiro havia completado 44 anos. Chico Mendes, que morava em Xapuri, cidade do interior do Acre, é conhecido nacionalmente e internacionalmente como ativista ambiental. 

Ângela disse que a família não tem ideia quem praticou a ação criminosa, mas desconfia que o motivo não era furtar a imagem e sim desrespeitar a memória do ambientalista. 

“Acho isso uma falta de respeito muito grande com a memória ambiental desse país, do Estado. Chico projetou o nome do Acre para o mundo, e hoje estamos vendo o desrespeito e como a memória dele está sendo tratada. Isso não é nenhuma novidade para a gente, no atual governo existe essa tentativa real de apagamento da história e memória do meu pai”, criticou. 

A ambientalista relembrou também sobre a casa de Chico Mendes que está fechada e cercada de mato há anos. Em março deste ano, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou que tanto o terreno como a estrutura do imóvel precisam passar por novas obras de revitalização. 

O instituto destacou que há o risco de erosão no terreno e serão feitas barreiras de contenção. Essa obra envolve ainda parte da rua e do calçamento. Esse é um dos projetos em andamento e é avaliado em mais de R$ 300 mil. 

“Espaços importantes da cultura e memória do nosso estado estão destruídos. É o resultado de um governo que não tem compromisso com a cultura, com a arte, com a história e é isso o que estamos vivendo em nosso estado e país”, lamentou Ângela. 

Fonte: G1/AC

 

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