Com pouco mais de dois anos de vida, o cão Black tem chamado a atenção nas redes sociais por ter uma especialização profissional rara e importante: a busca por pessoas perdidas em área vegetal de risco, como as florestas da Amazônia.
Treinado desde 2020 pelo canil do Corpo de Bombeiros em Porto Velho, o labrador cumpre expediente não só na capital. As ocorrências de desaparecimentos no interior também contam com seu talento.
Diante do sucesso obtido nos resgates de pessoas em áreas de mata, recentemente o cão militar se tornou ‘influencer’ e está fazendo sucesso nas redes sociais. Agora toda ação de Black é registrada e publicada em sua conta ‘pessoal’ no Instagram.
Nas redes sociais, Black mostra sua rotina de trabalho, treinos, ação social e também momentos de lazer.
Black ainda não completou três anos, mas, segundo o cabo Adriano Campos, que é o cachorreiro — nome dado para o tutor do cachorro no CBM — desde pequeno o labrador se mostrou apto para função de encontrar pessoas.
Ao lado da irmã July e a da parceira, uma pastor belga, a Ruby, Black realiza os resgates de pessoas desaparecidas na mata. Já são 20 ocorrências atendidas por Black.
Resgates marcantes no currículo
Entre os resgates memoráveis no pouco tempo de trabalho de Black está o encontro de um homem com Alzheimer.
O idoso havia saído de casa para ir até a casa da irmã e ficou desaparecido por cindo dias. Black o encontrou, com vida, dentro de um buraco.
Outra ocorrência foi o resgate de uma criança que tinha sumido. O canil do CBM foi acionado e Black indicou que a criança na verdade não tinha entrando na mata, como a família suspeitava, e sim seguido pela rua. Após uma hora de buscas a criança foi devolvida ao seu lar.
Outro resgate feito pelo cão militar foi de uma senhora que sofre de epilepsia. A mulher entrou na mata, teve uma crise e não conseguiu mais voltar. O Black conseguiu encontrá-la após 2h de buscas, a 5 km de distância.
‘Cãoterapia’
Além de trabalhar e cumprir o expediente no Corpo de Bombeiros, Black faz serviços voluntários nas horas vagas, como o de terapeuta de crianças atípicas da Associação de Amigos do Autista (AMA) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Porto Velho.
O projeto de ‘cãoterapia’ está na primeira fase e busca fazer uma aproximação de Black com as crianças.
Ao g1, a diretora pedagógica da Ama, Jeieli Oliveira, explica que o projeto está no colhimento de informações sobre os alunos e a aproximação com o animal.
Fonte: G1/RO