Uma defensora pública de Rondônia foi denunciada por transfobia depois de fazer uma série de publicações e comentários no Instagram. “Detonar a mulher não é crime, mas falar que trans não é mulher é [crime]” e “por que ‘blackface’ é ofensivo e drag queens não?” são algumas das frases escritas pela servidora na rede social.
A denúncia foi feita na Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado (DPE-RO) pelo movimento LGBTQIAP+ de Rondônia, representado sobretudo pelos coletivos Somar e Grupo Comcil. Eles também utilizaram as redes sociais para falar sobre o caso.
Publicações
Depois que o caso foi exposto, o perfil da defensora foi desativado. No entanto, os stories, publicações e comentários foram registrados pelos denunciantes antes que ficassem indisponíveis.
Em algumas das publicações, a defensora questiona a presença de mulheres trans no esporte:
“Mulheres concorrendo nos esportes com trans… quem tem mais força física?”, escreve.
Em outra publicação, ela fala sobre o uso do banheiro feminino, citando um episódio onde uma mulher cis teria ficado com “medo” de frequentar o mesmo banheiro que uma mulher trans.
“O barbudo de vestido que se intitula trans (quando lhe é conveniente), gritou e ameaçou uma mulher negra e grávida que ficou com medo de usar o mesmo banheiro que o ‘trans’”, publicou.
A defensora também compartilhou posts e fez comentários que atribuem a identidade de “mulher” ao sexo feminino e outras questões biológicas, além de alegar:
“E posso ser criminalmente responsabilizada pelo que escrevi. Mas se escreverem a mesma coisa sobre mim não é crime. Porque detonar a mulher não é crime, mas falar que trans não é mulher é [crime]”.
G1