(Por Ettiene Angelim). Desde o início da pandemia de coronavírus, as sete cidades que compõem o Cone Sul de Rondônia registraram 139 mortes por Covid-19. A informação é da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgada nesta quarta-feira (20). Os dados tabulados pelo Mídia Rondônia revelam que a taxa de mortalidade na região é de 86 mortes por cem mil habitantes, menor do que a média do Estado de Rondônia, cuja taxa de mortalidade é de 114. Rondônia registra um total de 2.056 mortos pela doença.
Maior cidade da região, Vilhena concentra também o maior número de vítimas fatais do coronavírus (96 mortes), seguida pelas cidades de Cerejeiras (12), Cabixi (9), Chupinguaia (8), Pimenteiras do Oeste (6), Colorado do Oeste (5) e Corumbiara (3). Apesar do grande número de mortos, Vilhena também se mantém abaixo da taxa de mortalidade registrada pelo Estado. Por outro lado, o pequeno município de Pimenteira do Oeste, com uma população estimada em 2140 habitantes, apresenta taxa de 279 mortes.
A taxa e mortalidade é encontrada em proporção entre o número de mortes causadas por uma doença e o número de habitantes (no caso, a cada 100 mil). A taxa de letalidade, comumente divulgada pelos gestores em saúde, é a proporção entre o número de mortes e o número total de infectados (melhor utilizado quando há informação real sobre o número de casos).
A tabulação de dados feita pelo Mídia Rondônia adota o índice de mortalidade, considerando três fatores: as autoridades em saúde são incapazes de afirmar qual o número real de sub-notificações e de pessoas infectadas no Brasil; alguns testes apresentam elevada margem de erros; e os números apresentados pelos gestores do país divergem dos números apresentados por muitas prefeituras, revelando a desatualização dos dados.
Para chegar à taxa de letalidade, as autoridades em saúde calculam a proporção entre o número de mortes por uma doença e o número total de doentes. Entretanto, no caso da pandemia de coronavírus, ainda não é possível afirmar qual a quantidade real de pessoas infectadas. Além das sub-notificações por erro ou falta de testes, existe ainda uma quantidade não calculada de assintomáticos, que não entram nas estatísticas como suspeitos nem como monitorados pelos agentes de vigilância epidemiológica.