Dois assuntos de extrema necessidade são pontos cruciais que diferenciam a candidata Jaqueline Cassol (PP) dos demais concorrentes na corrida pelo Senado nestas eleições. A duplicação da BR-364, cujo modelo de privatização foi apresentado pelo Governo Federal, chamou a atenção da parlamentar, que criticou a proposta. “Já estive no Ministério de Infraestrutura e me posicionei contra essa proposta como está apresentada. A BR-364 tem um fluxo imenso de carretas e de veículos e precisa de um serviço de duplicação maior. Não faz sentido privatizar mais de 800 quilômetros e duplicar apenas pouco mais de 100 quilômetros. Vamos pagar pedágio e continuar sofrendo com acidentes e trânsito carregado”, observou.
A rodovia BR-364 é a espinha dorsal do transporte de produtos e na interligação das cidades e de Rondônia com os demais Estados. Mas, há muito, se cobra a duplicação dos cerca de 800 quilômetros de sua extensão, pois o número de acidentes levou a chamá-la de “rodovia da morte”.
Com trechos de curvas perigosas e trânsito lento, o grande fluxo de carretas, especialmente no escoamento da safra de grãos, a situação atual da BR-364 tem ceifado vidas e trazido inúmeros prejuízos econômicos e sociais. A solução é a duplicação de todo o trecho.
O Governo ensaia uma duplicação, com um estudo feito pelo BNDES, para o leilão para mais de 800 quilômetros da rodovia, com a previsão de duplicar apenas 113 km, entre Jaru e Presidente Médici, e instalar sete praças de pedágio. “Não podemos permitir esse modelo”, defende ela.
Por outro lado, os concorrentes defendem a proposta do Governo Federal ou nem mesmo se manifestaram sobre assunto. Uma concorrente direto da deputada Jaqueline resolveu tocar no assunto somente agora nas vésperas das eleições.
Hospital universitário
Apesar de alguns avanços, a regionalização da saúde é ainda um grande desafio para Rondônia. Garantir atendimento de média e alta complexidade mais próximo ao cidadão é uma tarefa que requer investimentos.
Fortalecer a regionalização da saúde no Cone Sul, através do Hospital Regional de Vilhena, a conclusão do hospital em Guajará-Mirim, a construção do hospital regional de Ariquemes, e a construção do novo pronto-socorro em Porto Velho, entre outras tantas ações, são alguns dos pontos que reforçariam a saúde regional.
Sobre esse assunto, Jaqueline Cassol enviou R$ 80 milhões para a Saúde com destaque para R$ 10 milhões para a realização de cirurgias de cataratas e pterígio, em menos de quatro anos de mandato. Como proposta, ela quer levar um hospital universitário para Porto Velho, onde funcionam quatro cursos de medicina. “Em razão disso, fiz o compromisso de destinar R$ 30 milhões para a construção do hospital universitário. Seria um espaço para os acadêmicos de medicina, mas que atenderia também à população, a exemplo do que já ocorre em outras cidades do país, e fizemos esse compromisso junto à reitoria da Unir”, explicou. Os outros concorrentes pouco fizeram pela Saúde, destinando apenas os recursos obrigatórios nas emendas impositivas.