A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (16/8) a Operação San Mai*, com o objetivo de apurar ocorrência do crime de corrupção eleitoral (popularmente chamada de compra de votos) e associação criminosa nas eleições de 2018.
Uma prisão em flagrante por compra de votos, realizada pela Polícia Federal no dia 1º de outubro de 2018, durante as eleições daquele ano, em Macapá, desencadeou a ação de hoje. No dia daquele pleito, um servidor público, “seguindo ordem de uma superior hierárquica”, de acordo com suas palavras, estava com valores em espécie durante evento político de um candidato naquelas eleições, quando foi surpreendido por uma equipe de fiscalização do Ministério Público Eleitoral.
Verificou-se que no evento que ocorria no conjunto macapaba. De acordo com o que foi apurado, por diversas vezes, pessoas entravam e saíam do carro do servidor público. Quando o veículo foi abordado, encontrou-se pouco mais de 4 mil reais em dinheiro, além de vários receituários médicos, anotações com nomes de pessoas e valores, solicitações de exames médicos, anotações de conserto de veículos, bem como santinhos de candidato ao governo.
Outro ponto investigado é o uso de bens do Estado para fins políticos, uma vez que a investigação apontou que uma aeronave fora usada de forma indevida, pois estava no evento de campanha, mas não foram demonstrados argumentos para justificar sua presença no local naquela data.
Diante da necessidade de colher mais elementos de convicção, além de identificar os demais envolvidos, principalmente aqueles com poder de decisão, 16 policiais federais deram cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, todas em Macapá.
Os crimes de corrupção eleitoral e associação criminosa, juntos, podem levar a uma pena de sete anos de reclusão.
Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá