O ex-diretor-geral da da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques, que foi exonerado do cargo nesta terça-feira (20), pretende dar entrada em um pedido de aposentadoria nos próximos dias. “Funcionário da PRF desde 1995, ele decidiu encerrar a carreira antes do fim do governo Jair Bolsonaro, temendo represálias na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pessoas próximas”, diz o jornal O Globo.Vasques é réu em um processo por improbidade administrativa por pedir votos para Bolsonaro (PL) durante as eleições deste ano. Ele também foi o responsável pelas operações e bloqueios feitos pela PRF no dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições. As ações foram direcionadas principalmente para a Região Nordeste, que concentra o maior número de eleitores do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com a reportagem, Vasques “soma 27 anos de serviços prestados como policial. Como ingressou na instituição antes da Reforma da Previdência em 2019, ele pode pedir a aposentadoria com base na regra antiga, que estipula para homens 30 anos de contribuição e 20 anos de atividade policial, independentemente da idade. Atualmente, a regra exige idade mínima de 55 anos, 30 anos de contribuição e 25 anos de atividade policial”.
A exoneração do bolsonarista do cargo, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU), teve como objetivo “acelerar o pedido de aposentadoria, segundo integrantes do governo Bolsonaro”.