O julgamento de Ana Clara Messias Marquezini, Fellype Gabriel Campos da Silva e Kaio Cabral da Silva Pinho, acusados do assassinato de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, e da tentativa de homicídio de Carlos Mendes, está marcado para o dia 29 de novembro, às 8h30, no Tribunal do Júri de Vilhena. O caso, que chocou a comunidade, levanta graves acusações de planejamento e execução do crime, com base em evidências detalhadas coletadas pela Polícia Civil.
De acordo com as investigações, Ana Clara, então com 18 anos, teria arquitetado o crime motivada pelo término de um relacionamento duradouro com Juninho, que, após quatro meses de separação, havia iniciado um novo namoro e aparentava estar feliz. Ao perceber que não conseguiria reatar, Ana teria, segundo as investigações, instigado seu atual namorado, Fellype, e o amigo dele, Kaio, a atacarem Juninho.
Em 29 de dezembro de 2022, Ana, Fellype e Kaio supostamente colocaram o plano em prática. No dia do crime, Ana buscou uma camiseta para que Kaio cobrisse as tatuagens e o ajudou a se posicionar em uma mata próxima ao haras, onde Juninho trabalhava e costumava treinar laço. O objetivo era emboscar Juninho e forçá-lo a parar o veículo ao bloquear ambas as saídas do local.
Ao ser surpreendido, Juninho foi atingido por 11 tiros, vindo a falecer no local. Carlos Mendes, que havia começado a trabalhar no haras poucos dias antes, também foi alvejado. Ele sobreviveu após uma cirurgia de alto risco, mas teve danos graves em órgãos vitais e em uma artéria, resultando em complicações de saúde severas. O atentado ocorreu enquanto ambos estavam dentro do carro, estacionado em frente ao haras.
Os investigadores conseguiram rastrear os envolvidos a partir de evidências deixadas no local. Pegadas de tênis e marcas de pneus coincidiram com as do veículo utilizado por Ana para dar suporte ao crime e com os calçados de Fellype, encontrados em sua residência. A arma usada nos disparos, que teria sido descartada em uma lagoa, não foi localizada, apesar das buscas intensas realizadas pelo Corpo de Bombeiros.
O caso levanta questões importantes sobre as consequências de relacionamentos abusivos e as motivações psicológicas por trás do crime, especialmente no que diz respeito à instigação de terceiros para ações violentas. A expectativa é de que o julgamento traga à tona detalhes adicionais do caso e determine as responsabilidades de cada acusado, oferecendo algum conforto à família das vítimas e à comunidade de Vilhena.
Juninho Laçador foi morto na saída do Haras Marquezini
.Fellype Gabriel Campos da Silva
Carlos Marino ficou ferido na emboscada