Mídia Rondônia – A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que confirma que o prefeito de Rolim de Moura, Aldair Júlio Pereira (União), utilizou um diploma falso para se candidatar nas eleições municipais de 2024.
A investigação, que vinha sendo conduzida com sigilo, expõe uma grave irregularidade no processo eleitoral e reacende discussões sobre a fiscalização das candidaturas no Brasil. De acordo com o relatório da PF, o prefeito, conhecido como Aldo Júlio, apresentou um documento de conclusão de curso supostamente emitido por uma instituição de ensino que, após perícia, foi constatado como fraudulento.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que agora decidirá se oferece denúncia contra o político. A descoberta veio à tona após denúncias anônimas recebidas pela PF durante o período eleitoral de 2024. A partir daí, os investigadores cruzaram dados, analisaram registros acadêmicos e ouviram testemunhas, confirmando que o diploma apresentado não correspondia à realidade.
A falsificação teria sido usada sem necessidade, já que a Justiça Eleitoral exige apenas que o candidato seja alfabetizado. A legislação eleitoral brasileira prevê que a apresentação de documentos falsos pode resultar na inelegibilidade do candidato, além de penas que variam de multa a prisão, dependendo da gravidade do crime.
Caso o Ministério Público formalize a denúncia e a Justiça Eleitoral confirme a fraude, o prefeito pode perder o mandato, e o município terá de passar por um novo pleito. Especialistas apontam que o episódio reforça a necessidade de maior rigor na checagem de documentos durante o registro de candidaturas.
Além de comprometer a legitimidade da candidatura, a falsificação levanta sérias questões sobre a conduta ética do prefeito, que assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2025 após ser eleito.