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4 novembro 2024

Exclusivo: engenheiro alerta sobre falta de segurança após morte de jovem em explosão de tanque em Vilhena

Mídia Rondônia – A trágica morte do jovem Fernando Guilherme, de 16 anos, em uma explosão ocorrida no último sábado em uma oficina reparadora em Vilhena, levantou questões graves sobre a segurança no trabalho e a falta de protocolos específicos para a limpeza de tanques de combustível. Fernando, que trabalhava no local ao lado de um colega que sofreu queimaduras graves, perdeu a vida no acidente e teve uma das pernas amputadas devido à gravidade da explosão. A situação gerou revolta e um alerta de especialistas quanto à segurança no ambiente de trabalho, especialmente em operações de alto risco.

Em entrevista exclusiva ao jornal Mídia Rondônia, o engenheiro civil Alex Sandro Mendonça destacou a falta de cuidados essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores. Segundo Mendonça, o processo de limpeza de tanques de combustível requer protocolos rigorosos, incluindo a drenagem completa do combustível e seu armazenamento em recipientes apropriados antes do início do procedimento. “A limpeza precisa ser feita com soluções específicas para remoção de sujeira e ferrugem, e métodos adequados devem ser empregados para evitar o risco de explosões”, explicou o engenheiro.

Mendonça defende que o hidrojateamento de alta ou ultrarpressão é o método mais seguro e eficaz para limpar tanques de combustível, pois ejeta água em todas as direções e reduz significativamente o risco de acidentes. “A limpeza manual é extremamente perigosa e não deve ser realizada. Colocar trabalhadores dentro do tanque é um erro grave e pode ter consequências trágicas”, alertou o engenheiro.

O caso de Fernando evidenciou a necessidade urgente de medidas para garantir que os procedimentos de segurança sejam rigorosamente seguidos. Para Mendonça, além de treinamento especializado, é fundamental que as oficinas e estabelecimentos que realizam operações com combustíveis utilizem equipamentos e técnicas adequadas para proteger a integridade física dos trabalhadores.

A morte de Fernando Guilherme é um triste lembrete dos riscos associados à falta de normas de segurança e protocolos de proteção, especialmente para menores em ambientes de trabalho de alto risco. “A tragédia coloca em discussão a necessidade de fiscalização e a urgência de regulamentar práticas seguras, de modo que acidentes evitáveis como esse não se repitam”, finalizou o engenheiro.

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