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13 outubro 2024

Dona de clínica é indiciada por morte de paciente após peeling

A esteticista e influencer Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que se identifica nas redes sociais como Natalia Becker, prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo nesta quarta-feira (5). Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual.

Após a diligência, a dona da clínica em que o empresário Henrique Silva Chagas morreu após ser submetido a um peeling de fenol conversou com a imprensa.

O caso, que antes havia sido registrado como “morte suspeita” no 27º Distrito Policial (DP), passou a ser investigado como “homicídio”, segundo informou na terça (4) a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Uma das suspeitas investigadas pela polícia é a de que Henrique possa ter tido algum tipo de reação alérgica ao tratamento e morrido por “choque anafilático” pelo uso de alguma substância química. De acordo com o companheiro do paciente, o também empresário Marcelo Camargo, que foi com ele à clínica, Natália não pediu nenhum exame médico anterior para saber se o paciente era alérgico a algum medicamento.

“Estamos diante não apenas de uma morte, nós estamos diante de um crime de homicídio. o fato é que alguém causou a morte de outra pessoa”, disse à TV Globo o delegado Eduardo Luis Ferreira, do 27º DP.

“Resta definir qual o tipo de homicídio. Se é um homicídio culposo, que ocorreu por imperícia do profissional, que não é habilitado para fazê-lo. Ou até mesmo um provável homicídio doloso [por dolo eventual], quando o agente muito embora não queira o resultado morte, ele acaba assumindo o risco de produzi-lo”, falou o delegado.

Procurado pela reportagem, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou por meio de nota que “defende que procedimentos invasivos”, como é o peeling de fenol “devem ser feitos por médicos”.

Procurada para comentar o assunto, a Prefeitura de São Paulo, responsável por fiscalizar o funcionamento de estabelecimentos na cidade, informou que a Vigilância sanitária fechou e multou o Studio Natalia Becker porque não teria autorização para realizar o peeling de fenol. Antes, o local funcionava com permissão para fazer somente tratamentos estéticos.

Dona de clínica tem 200 mil seguidores

 

Natalia e representantes da clínica não falaram com a imprensa quando chegaram à delegacia. A dona da clínica e influencer tem 29 anos, possui estúdios de estética em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, além de mais de 200 mil seguidores no Instagram.

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia. Natalia alegou que passou mal após a morte de Henrique e que precisou de atendimento médico em um hospital. E que, por esse motivo, não pode ir à delegacia. A mulher ainda desativou sua conta profissional na rede social. Mas manteve o site que traz informações sobre ela e suas clínicas, onde se apresenta como “premiada especialista”.

A polícia tenta localizá-la para ela prestar depoimento e dar sua versão sobre o que ocorreu. O 27º DP investiga as causas e eventuais responsabilidades pela morte do empresário.

Natalia realizou o tratamento com o fenol, que é um produto ácido, no rosto de Henrique. A substância química provoca uma reação inflamatória na pele. A inflamação causa descamação da superfície do tecido. O objetivo é reduzir manchas, rugas e cicatrizes, devolvendo a elasticidade na face.

Antes de Henrique se submeter ao fenol, foi aplicado um anestésico tópico no seu rosto. Depois lhe foi dado comprimido de um remédio contra dor.

Polícia Técnico-Científica realizou exames necroscópico e toxicológico no corpo do empresário para saber qual foi a causa da morte de Henrique e quais substâncias ele ingeriu. A delegacia que investiga o caso aguarda o resultado dos testes. Policiais apreenderam equipamentos e medicamentos na clínica para passarem por perícia.

g1

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