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24 novembro 2024

Fumaça agrava crise ambiental em Vilhena

Mídia Rondônia – Desde a noite desta segunda-feira, 10, uma espessa camada de fumaça voltou a cobrir a cidade de Vilhena, resultante de incêndios criminosos que têm devastado a região. A situação tem agravado a crise ambiental, causando destruição em áreas de vegetação, matança de animais silvestres e afetando diretamente a saúde dos moradores. A qualidade do ar na cidade atingiu níveis alarmantes, com crianças e idosos sendo os mais afetados pelos problemas respiratórios decorrentes da poluição.

Em entrevista à imprensa, o promotor de justiça do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Pablo Hernandez Viscardi, destacou que os incêndios têm origem criminosa, apontando para uma possível retaliação às ações de fiscalização ambiental, como a Operação Mapinguari. “Sabemos que os incêndios são criminosos, sabemos que esses criminosos atuam de forma organizada, de forma articulada, e já temos linhas investigativas nesse sentido. Não há incêndio acidental, não há incêndio voluntário, há dolo, há crimes”, afirmou Viscardi.

O Parque Estadual de Guajará-Mirim, uma das áreas mais atingidas, está em chamas há dois meses. Segundo o promotor, os incêndios podem estar relacionados a ações de represália às desocupações realizadas durante a Operação Mapinguari, que é considerada a maior operação de desocupação já realizada em Rondônia.

A fumaça, além dos danos ambientais, tem gerado uma emergência de saúde pública, com o aumento significativo de atendimentos médicos por problemas respiratórios. Autoridades ambientais e de saúde alertam a população para evitar atividades ao ar livre e buscar atendimento médico em caso de sintomas mais graves.

O cenário é alarmante, e as autoridades intensificam investigações para responsabilizar os culpados. Enquanto isso, moradores e a fauna local sofrem com os impactos devastadores dos incêndios.

Fonte: Mídia Rondônia

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