A violência chocou Porto Velho no último domingo (12), com o assassinato do cabo da Polícia Militar, Fábio Martins de Andrade Cardoso, de 38 anos, no condomínio Orgulho do Madeira, zona Leste da capital. O policial foi surpreendido por criminosos após ser chamado por duas mulheres enquanto estava em casa com sua esposa. A vítima foi alvejada com seis tiros na cabeça, em uma ação premeditada.
De acordo com informações, o criminoso responsável pelos disparos estava escondido sob uma escadaria, com o apoio de outros comparsas. Durante o crime, a arma do cabo foi roubada. No local, a perícia recolheu nove cápsulas de pistola calibre 9mm, evidenciando a brutalidade da execução.
- Operação policial rápida prende suspeito envolvido no crime
Na madrugada de segunda-feira (13), forças de segurança como BPTAR, PATAMO, BOPE, Polícia Militar Ambiental e Polícia Penal realizaram uma operação integrada que resultou na prisão de Uilian O. C., de 35 anos. Ele é apontado como responsável pelo transporte dos envolvidos no assassinato. Uilian foi capturado no bairro Liberdade, dirigindo um veículo Creta branco, utilizado para deslocar os criminosos até o local do crime e retornar ao ponto de partida.
Conforme a investigação, Uilian confessou que levou os criminosos da vila DNIT até o Orgulho do Madeira e os buscou após a execução. Contudo, ele se recusou a revelar os endereços dos comparsas. Após sua captura, foi conduzido ao Departamento de Flagrantes.
- Ligação com facções criminosas e represália
As autoridades acreditam que o assassinato do cabo Fábio Martins e do ex-policial penal Francisco de Assis Oliveira, ocorrido no mesmo dia, foi um “salve” ordenado por facções criminosas. A motivação seria uma represália às recentes operações da Polícia Militar, que resultaram na morte de três membros dessas organizações e na hospitalização de outro.
A Polícia Militar reafirmou seu compromisso em combater o crime organizado e anunciou que seguirá com operações para capturar todos os envolvidos nos homicídios.
- Segurança pública em alerta
O caso evidencia a complexidade do enfrentamento às facções criminosas em Porto Velho. A resposta rápida das forças de segurança reforça o empenho no combate ao crime, mas também destaca a necessidade de ações preventivas para proteger agentes públicos e a população em geral.