Cacoal, RO – Em entrevista concedida por Valdimiro Corá, presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Cacoal (MDB), ao programa “Chumbo Grosso” da SICTV-RO, tornou-se o centro das atenções ao abordar a Operação Reciclagem da Polícia Federal. Esta operação, que flagrou a ex-prefeita Glaucione Rodrigues, cunhada de Corá, recebendo dinheiro de um empresário responsável pela coleta de lixo no município, levou a discussões sobre corrupção e ética na política.
Corá, ao defender Gluacione Rodrigues, tentou minimizar a gravidade dos fatos, sugerindo que tais práticas poderiam ser vistas como parte do financiamento de campanha. “É muito pesado chamar a pessoa de ladrão sem ser comprovado”, disse ele, referindo-se à prisão da ex-prefeita, que foi filmada recebendo pacotes de dinheiro.
O vereador discutiu a complexidade do financiamento de campanhas, argumentando que o recebimento de fundos por parte de empresários é uma prática comum. “Para mim é normal. “Um empresário que vem oferecer uma ajuda para uma campanha política”, afirmou Corá (vídeo abaixo).
Essas declarações geraram um debate acalorado entre os munícipes sobre a legalidade e a ética no financiamento de campanhas, especialmente à luz das leis eleitorais brasileiras que não permitem esse tipo de conduta em que um empreiteiro possa financiar ou ajudar a um político para esses fins. O financiamento eleitoral no país é feito através de verbas públicas, do fundo eleitoral. Cidadãos também podem contribuir, com um valor limitado a um certo percentual de sua renda anual, mas tudo devidamente documentado, constando o nome e o CPF do doador.
As afirmações de Corá, portanto, provocaram um debate sobre a transparência nas campanhas eleitorais e a importância do cumprimento das leis vigentes. Nas redes sociais, muitos munícipes comentaram a necessidade de se observar as questões de integridade, ética e conformidade legal nas práticas eleitorais.