Juliana Leite Rangel, de 24 anos, baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, na véspera de Natal, está em processo de recuperação e já consegue se comunicar por meio de bilhetes. A jovem, que permanece internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), expressou sua dor e desejo de reparação em uma mensagem: “Quero justiça. Só Deus e eu sabemos o que estou passando”. A informação foi divulgada pelo g1.
Segundo Dayse, mãe de Juliana, a jovem escreveu a palavra “justiça” porque já tem noção do ocorrido. “Ela já sabe mais ou menos o que aconteceu com ela”, relatou. Juliana ainda não consegue falar, mas a família celebra pequenos avanços no quadro clínico. De acordo com Dayse, sua filha não precisa mais de antibióticos, embora o prazo para a alta do CTI ainda seja incerto.
O caso que comoveu o Brasil
A tragédia aconteceu enquanto Juliana e sua família seguiam pela Rodovia Washington Luís, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com destino à casa de parentes em Niterói para comemorar o Natal. Durante o trajeto, o carro foi alvejado por disparos realizados por três agentes da PRF.
A corporação informou que os policiais envolvidos foram afastados de atividades operacionais por tempo indeterminado. Paralelamente, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal conduzem investigações para apurar o caso.
Busca por respostas
A família de Juliana tem buscado explicações e aguarda justiça. O pedido emocionado da jovem, por meio do bilhete, reflete o impacto devastador do ocorrido e reforça a urgência de uma apuração célere e transparente.
O caso reacende o debate sobre a conduta de agentes de segurança pública e a necessidade de treinamento e protocolos claros para evitar tragédias como esta. Enquanto isso, Juliana continua lutando por sua recuperação, amparada pela fé e pelo apoio de seus familiares.