Na manhã desta quinta-feira (18), o ex-deputado federal Wladmir Costa foi detido no Aeroporto Internacional de Belém pela Polícia Federal.
Wlad foi abordado ao chegar de voo à capital paraense e encaminhado ao sistema prisional do estado.
A prisão preventiva requerida pela Polícia Federal foi deferida em razão da prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra deputada federal por meio das redes sociais.
O Tribunal Regional Eleitoral também ordenou a exclusão das postagens em redes sociais que motivaram o mandado de prisão.
CASSADO
Em 19 de dezembro de 2017, Wlad foi condenado por unanimidade, no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral no ano de 2014.
No ano anterior, quando ganhou mais destaque nacional por diversas polêmicas, ele já havia sido condenado a perda de mandato pelo TRE. Na época, o ex-vocalista da banda Wlad havia declarado que gastou R$ 642.457,48 durante sua campanha à Câmara Federal.
No entanto, o valor teria sido bem maior, afinal ele não declarou R$ 149.950 em despesas de material gráfico e R$ 100 mil em outras despesas em 2014.
HISTÓRICO DE POLÊMICAS E VERGONHAS
Ex-vocalista da banda de mesmo nome, usou o talento para as performances artísticas para ganhar mais espaço na mídia, sempre de forma negativa, atacando diversas pessoas durante seus mandatos como deputado federal. Após estourar confetes no processo de impeachment de Dilma Rousseff, nos anos seguintes ele se envolveu em diversas polêmicas.
Em uma sessão de uma comissão na Câmara daquele ano, Wlad dividiu os deputados de oposição em “Temeromofóbicos” e “Temerenrustidos”, desferindo críticas pessoais a alguns deles, inclusive chamando o relator, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), de “burro” e “desqualificado”.
Semanas depois, seguindo sua tradição egocêntrica e pirotécnica, o “deputado dos confetes” surgiu com uma tatuagem em homenagem ao presidente Michel Temer e alegou que fosse verdadeira. Com o destaque nacional esperado, confirmou que na verdade a imagem era temporária e que teria sido enganado pelo tatuador porque estava alcoolizado, tomando cachaça de jambu.
Daí, surgiu outra polêmica. A repórter Basília Rodrigues, da CBN, estava presente e pediu ao deputado que mostrasse a arte novamente. Como resposta, escutou uma frase machista, misógina e antiética: “‘Pra você, só se for o corpo inteiro.”
Em outro momento polêmico naquele ano, sem muitos rodeios, o deputado disse como se deve agir para conseguir benefícios junto ao presidente Michel Temer. Segundo O Globo, Wlad afirmou sem pudor que “somente alguns parlamentares hipócritas não vão assumir, mas é óbvio que, após a reunião com o presidente, a gente vem com aquela história: ‘Mas, presidente, eu gostaria de trazer demandas do estado, do município, do governo do estado’. A gente aproveita o barco e pede. Na realidade, não é o governo que está atrás disso, os parlamentares é que estão procurando, pedindo audiência, aproveitando a oportunidade. O Temer tem que ser assim. Aos amigos, as flores; aos inimigos, coroa de espinhos”, disse.
DOU