De acordo com o comandante de incidente de fauna do Icmbio, Érico Kauno, a maioria das espécies encontradas mortas são jacarés, serpentes, lagartos, antas, veados e tatus.
O órgão tem atuado no monitoramento da fauna silvestre atingida. Os agentes vão até as áreas afetadas em busca de animais mortos ou feridos que precisem ser resgatados, segun do informa o G1.
Érico explicou que caso os agentes encontrem algum animal ferido, eles solicitam apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT), para que seja feito o resgate. Em seguida, os animais são levados para locais especializados no cuidado e na reabilitação.
Ainda de acordo com o comandante, nem todos os animais morreram queimados, mas sim pelo efeito do fogo.
De acordo com o médico veterinário Enderson Barreto, os animais que estão em busca de água acabam atolando e não conseguem sair sozinhos.
Ele explicou que a ausência de água e a vegetação seca ocasionam a desidratação e a desnutrição dos animais, já que eles não conseguem encontrar alimento.
Para Enderson, que está acompanhando o caso de perto, a situação atual é crítica e tem levado à escassez extrema de recursos hídricos, colocando em risco a sobrevivência da fauna local.
Queimadas no Pantanal
A maior planície alagada do mundo está se transformando em um lugar cada vez mais seco e inflamável. Quase 60% do Pantanal já foram atingidos pelo fogo nos últimos 38 anos e é o bioma mais castigado pelas queimadas em todo o Brasil. Um estudo do Mapbiomas mostra como a área coberta de água vem diminuindo desde 1985. Em 2023, a área alagada ficou 61% abaixo da média histórica.