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Porto Velho
27 novembro 2024

Guerra de facções: ausência do poder público favorece a territorialidade do crime organizado

A disputa territorial das facções dominantes em Porto Velho está tornando cruel e sangrenta. O domínio dos conjuntos residenciais populares vem apavorando os moradores e vitimando jovens em idade produtiva que poderiam estar se preparando para um futuro diferente. O Estado perdeu o controle e age em esporádicas ações que mostra uma presença, mas não resolve o problema de enfrentamento de forma a garantir segurança pública aos moradores que não fazem parte do crime organizado.

O domínio dos conjuntos habitacionais poderia ter sido evitado lá no passado. Foram inaugurados sem aparelhamento público que pudesse garantir presença e serviços. A ausência do poder público tornou desestruturador as relações sociais e permitiu a entrada do crime organizado que vem formando o poder paralelo e assumindo o controle. Os conjuntos habitacionais foram entregues para que as famílias entrassem, mas sem a estrutura pública mínima necessária. Não tem postos de policiamento, unidades de saúde, Centros de Referências de Assistência Social, creches, escolas, enfim, sem nada que pudesse oferecer vida digna e proteção.

Cada conjunto habitacional da Capital tem população semelhante a alguns municípios rondonienses. É uma multidão aglomerada em apartamentos e blocos que se tornaram vulneráveis ao poder do narcotráfico. Os enormes conjuntos que eram o sonho de moradia para as famílias se tornaram em ambientes propícios para ações criminosos. Caso haja ações imediatas e centradas na retomada social dessas unidades, ainda daria tempo para o poder público fazer o dever de casa e assumir o controle social e proporcionar segurança pública para os moradores. Diário da Amazônia.

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