Em Jaru, quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo envolvimento em um esquema de fraudes na concessão de auxílio pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Um dos denunciados era servidor do órgão.
Os crimes aconteceram entre os anos de 2015 e 2018. Segundo o MPF, o prejuízo apurado até o momento foi de R$ 145 mil, mas há indícios de que os valores possam passar de R$ 1,7 milhão com o pagamento indevido do auxílio-reclusão concedido de forma irregular.
O servidor público, que era gerente na época dos crimes, foi denunciado por conceder os auxílios em troca de dinheiro. Ele deve responder por associação criminosa, estelionato previdenciário e corrupção passiva.
Outras três pessoas também foram identificadas como pertencendo ao grupo criminoso. Uma delas era filha do servidor e dona de uma empresa que recebia valores retroativos dos beneficiários. Também participaram das fraudes dois advogados. Os três podem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário e corrupção ativa.
Ainda de acordo com o MPF, um relatório do INSS mostra a agência de Jaru em segundo lugar no Brasil no ranking de concessão de auxílio-reclusão. O documento ainda aponta que o número de benefícios concedidos no município duplicou entre 2015 e 2017, sendo que mais da metade dos requerentes morava fora da região.
A participação de outras pessoas no esquema e o possível crime de lavagem de dinheiro ainda não investigados.
G1