Empreendedorismo Feminino (19), data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para homenagear mulheres pioneiras nos negócios, Rondônia apresenta cases de sucesso na agricultura. Nos concursos de café e cacau, realizados pelo Governo do Estado, elas dominaram as regionais do 8º Concafé e um pódio no 3º Concacau.
Em âmbito nacional, as produtoras rondonienses dominaram a Florada Premiada 2023 – 2ª Canephora, e uma segunda colocação no Coffee of The Year 2023, ambos concursos promovidos por grandes indústrias e entidades na Semana Internacional do Café, em Minas Gerais. A iniciativa é da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
A produtora Lucilene de Jesus Maia Santos resolveu investir em cafés de qualidade. Produziu uma quantidade mínima como teste em sua propriedade, localizada em Cacoal. Como o resultado foi o acima do esperado, ela recebeu incentivo dos técnicos da Emater/RO e da Seagri para participar do concurso da Semana Internacional do Café. O Governo cuidou de toda logística para o envio dos grãos de sua lavoura, que passaram por vários testes de qualidade em Belo Horizonte (MG), local do evento. O resultado foi um pódio entre os melhores cafés produzidos no Brasil das amostras Canephora Robusta Amazônico.
Lucilene pensa em alçar novos voos. A produção tradicional é vendida em Ministro Andreazza, mas com o sucesso do Canephora e os contatos realizados na Semana Internacional do Café, ela pensa em abrir novos mercados para o seu café qualificado. “Agora nós vamos produzir esses grãos especiais e investir em um novo mercado”, explicou.
Ainda na Semana Internacional do Café, três mulheres produtoras rondonienses brilharam na “Florada Premiada 2023 – 2ª Canephora”. Lúcia Helena, agricultora de Novo Horizonte ficou em primeiro; Nicole Nedel, de Nova Brasilândia, ficou em segundo; e Celeste Suruí, de Cacoal, em terceiro.
Celeste Suruí (Naraykopega) do Povo Paiter Suruí é um caso atípico. Ela é especialista em produção, preparo e degustação do café. Embora venha cultivando há mais de 30 anos na aldeia Lapetania a espécie robusta – Conillon, em 2018, uma grande indústria implantou o Projeto Tribos no local, em parceria com o Governo, Funai, Embrapa e entidades de produtores rurais. Seus projetos não param. A ideia é cultivar o café de qualidade e comercializar em outros mercados fora do Estado.
Políticas públicas do Estado
O desempenho das produtoras com seus cafés de qualidade apresentados e premiados em concursos locais e nacionais são resultados das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Rondônia, em parceria com outros órgãos federais, a exemplo da Embrapa e associações de produtores. A Seagri e a Emater/RO desenvolvem papel técnico, levando experimentos, promovendo concursos de qualidade, investindo na distribuição de mudas classificadas, custeando o transporte de calcário para melhoria das lavouras e entregando máquinas e implementos para prefeituras e entidades rurais.
Ao comentar sobre o empreendedorismo feminino, o governador Marcos Rocha exaltou a participação da mulher no agronegócio e elogia as produtoras que tem investido em suas propriedades para melhoria de seus produtos. “A premiação desses concursos é a prova que estamos no caminho certo do desenvolvimento da cadeia produtiva, não apenas do café e cacau, mas em todas as áreas da agropecuária”, evidenciou.
O secretário de Estado da Agricultura, Luiz Paulo destacou o esforço dos técnicos para incentivar os produtores e garantir a distribuição de mudas, máquinas e o transporte do calcário, essencial para boa qualidade do solo das lavouras. “O Governo tem dado dado prioridade para a agricultura familiar. E é o que estamos realizando junto aos produtores, levando programas de desenvolvimento às pequenas propriedades, e os resultados aparecem em forma de qualidade de nossos produtos, abrindo novos mercados para Rondônia”, concluiu.
Fonte
Texto: Gerson Costa e Jean Carla Costa
Fotos: Daiane Mendonça e Arquivo pessoal
Secom – Governo de Rondônia