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18 setembro 2024

A fumaça que adoece, o silêncio do agronegócio e os incêndios criminosos em Rondônia

Mídia Rondônia – Neste domingo, 15, a cidade de Vilhena amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça, resultado da onda de queimadas que vem devastando Rondônia e outras regiões da Amazônia. A fumaça pesada não só compromete a qualidade do ar, mas também expõe a população a sérios riscos de saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. A situação é agravada pelo impacto ambiental, afetando gravemente a fauna e a flora locais, além das comunidades que dependem da terra para sobreviver.

A crise das queimadas em Rondônia reflete um problema nacional, com o Brasil enfrentando uma crescente devastação de suas florestas. Em resposta a esse cenário alarmante, o governo federal, através da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou que estuda medidas severas para combater os incêndios e punir os responsáveis. Entre as possíveis ações, está o confisco de terras daqueles que promovem queimadas criminosas, com base em leis similares às que combatem o trabalho análogo à escravidão.

O anúncio foi feito na última quarta-feira, 11 de setembro, durante a Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), realizada no Rio de Janeiro. Segundo Marina, o governo pretende usar uma legislação rígida para impedir que áreas devastadas por queimadas sejam ocupadas ou regularizadas de forma ilegal. Ela destacou que as queimadas constantes destroem a vitalidade das florestas, abrindo caminho para a criação de gado e a pressão pela regularização fundiária, um ciclo que precisa ser interrompido.

A ministra revelou uma aliança entre setores do agronegócio e as mudanças climáticas que tem impulsionado o aumento desses incêndios no país.

De acordo com a ministra, a “aliança” entre incêndios criminosos promovidos por setores do agronegócio e as mudanças climáticas é a razão para o aumento dos incêndios no país.

“Sucessivas queimadas fazem com que aquela floresta perca o vigor, é jogado capim, criam animais e começam a fazer pressão para que haja regularização fundiária. Essa sangria de área ilegalmente ocupada é algo que tem que ser estancado definitivamente para não gerar ganho ou vantagem com essa forma criminosa de degradar a floresta”, pontuou.

Em Rondônia, a população convive com os impactos diretos dessa destruição. A fumaça densa torna o ar quase irrespirável, e as autoridades locais enfrentam dificuldades para mitigar os danos causados pela fumaça e pelas queimadas descontroladas que atingem a região.

Com informações da Revista Fórum

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