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13 outubro 2024

Grilagem de terra segue em Rondônia e fumaça castiga Vilhena nesta quarta

Mídia Rondônia – Na manhã desta quarta-feira, 25, a cidade de Vilhena se vê envolta em uma densa fumaça proveniente de queimadas, persistindo mesmo após a chuva que ocorreu na tarde de terça-feira, 24. Esse fenômeno tem gerado preocupações ambientais e de saúde pública, uma vez que a fumaça traz consigo uma série de impactos negativos.

De acordo com Mauricio Torres, pesquisador do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (Ineaf) da Universidade Federal do Pará (UFPA), a utilização do fogo está diretamente ligada ao processo de apropriação de terras públicas não destinadas. “Esse fenômeno é histórico na região e reflete uma dinâmica de conflito territorial que se intensifica a cada ano”, afirma.

Torres explica que o ciclo de desmatamento e queimadas não apenas agrava a situação ambiental, mas também está interligado à prática da grilagem de terras. Essa prática visa a apropriação de áreas públicas, incluindo reservas indígenas e unidades de conservação, que ainda não têm destinação específica. Ele destaca que a grilagem é facilitada por anistias sucessivas, como as estabelecidas pelas Leis 11.962/2009 e 13.465/2017, que legalizaram invasões até 2008, criando um incentivo para novas ocupações.

“Um dos aspectos centrais desse processo de regularização fundiária é o desmatamento. Um auto de infração ambiental por desmatamento pode servir como prova de ocupação antiga. Se um invasor não foi autuado, ele deve apresentar imagens de satélite que comprovem o desmatamento realizado até 2008”, ressalta Torres.

A fumaça visível em Vilhena é um alerta sobre os perigos das queimadas e suas consequências, que vão além da poluição do ar e incluem a perda da biodiversidade e o agravamento das mudanças climáticas. A conscientização sobre essas práticas e seus efeitos é fundamental para a proteção do meio ambiente e da saúde da população local.

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