O Banco Central (BC) publicou na última quarta-feira (15) um vídeo em suas redes sociais abordando a polêmica do Pix. A postagem incluiu uma possível indireta ao deputado bolsonarista federal Nikolas Ferreira (PL-MG), classificado como “vacilão da fake”.
No vídeo, o Banco Central esclarece que não houve mudanças nas regras do Pix, assegurando que o serviço continuará gratuito e sem quebra de sigilo. Contudo, em um trecho da mensagem aparece a frase: “Hora de ouvir umas verdades que o vacilão da fake não quer te contar, bebê.”
A publicação também traz tags como #SaiDeMimFakeNews e #fakeNews, reforçando a intenção de combater informações falsas sobre o sistema de pagamentos eletrônicos.
O advogado Ariel Uarian, especialista em Direito Público, analisou a situação e afirmou que há, “em tese”, indícios de que a mensagem pode ser vista como um uso político de um canal oficial. Segundo Uarian, “virou uma questão de embate político entre situação e oposição. E o Banco Central, ao tomar uma posição de defesa de uma norma da Receita Federal, está agindo em desconfiança com a sua independência.”
Em resposta às críticas, o Banco Central informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a postagem “não faz referência a qualquer pessoa específica”. A instituição explicou que a linguagem utilizada pelo “BC Sincero” é propositalmente informal e descontraída, adaptada ao estilo das redes sociais.
A assessoria acrescentou que o personagem “BC Sincero” foi criado para ser “irônico” e utiliza uma estética recorrente em plataformas digitais, com voz de inteligência artificial amplamente usada nas redes.
“Os demais episódios do BC Sincero possuem a mesma linguagem, a mesma abordagem e, em sua maioria, começam com uma saudação bem-humorada conforme pode ser constatado nos episódios abaixo”, informou o Banco Central ao Metrópoles.
DCM