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9 janeiro 2025
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Influenciadoras digitais travam batalha judicial para decidir qual delas é a mais ‘básica’ da internet

Em abril de 2024, a influenciadora digital norte-americana Sydney Nicole Gifford decidiu recorrer às vias legais para impedir que Alyssa Sheil, outra criadora de conteúdo, copie a sua estética “sad beige” nas redes sociais.

A petição sobreviveu à fase de instrução processual e será colocada para julgamento neste ano. Está é a primeira vez que uma disputa sobre “estéticas digitais” acaba virando assunto de tribunal de justiça — o que vem intrigando especialistas em plataformas digitais e direitos autorais.

A petição montada pelos advogados da Gifford reúne mais de 60 páginas de supostas evidências que respaldariam a acusação do alegado plágio cometido por Alyssa, o que inclui o uso de roupas nas mesmas tonalidades, acessórios, pose e enquadramentos fotográficos semelhantes.

Apesar da briga entre as evolvidas, não é preciso navegar por muito tempo nas plataformas para perceber o mar de conteúdos idênticos ao que cada uma delas possa defender como uma criação autêntica: a hashtag #sadbeige, que faz alusão à trend de roupas e acessórios ‘básicos’, tem mais de 12 mil postagens apenas no Instagram.

Segundo o dicionário Cambridge, o termo “sad beige” é usado para descrever a tendência de vestir-se em tons de marrom claro e outras cores neutras. Essa estética surgiu como uma moda entre pais para compor o guarda-roupa de seus filhos, mas se espalhou pelas redes sociais entre influenciadores digitais que buscam exibir um estilo comedido, sóbrio e minimalista.

O copia-e-cola da internet

 

Para Issaaf Karhawiprofessora e pesquisadora em comunicação digital da Universidade de São Paulo (USP), a reciclagem de conteúdos processada por influenciadores no mundo digital pode ser explicada através do conceito de templatização, cunhado, originalmente, por Tama Leaver, Tim Highfield e Crystal Abidin.

O conceito de templatização define um modelo repetitivo do que é considerado uma ‘boa estética’ no Instagram. Quase como se tivéssemos ritualizado essa publicação de imagens, tornando todo o processo puro mimetismo

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