A mobilização dos trabalhadores em educação ganhou força no Cone Sul de Rondônia com a adesão de diversas escolas à paralisação estadual marcada para o dia 31 de julho, convocada pelo Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia). A paralisação será acompanhada de assembleias gerais em todo o estado, com indicativo de greve, diante do impasse nas negociações com o Governo de Rondônia.
Nesta sexta-feira, 4, as dirigentes da Regional Cone Sul, professora Lívia Maria e a técnica Roseli Mendes, realizaram uma série de visitas às escolas de Vilhena, reforçando o chamado à mobilização. Durante as conversas com os servidores, as sindicalistas explicaram os motivos da paralisação e destacaram a urgência da valorização profissional.
Durante as visitas, as dirigentes ouviram os relatos de assédio moral, perseguições e até casos de violência no ambiente de trabalho por parte dos estudantes, o que agrava ainda mais a insatisfação da categoria. “Os servidores estão adoecendo, sendo desrespeitados e ainda cobrados por resultados, sem o mínimo de estrutura ou valorização. É urgente dar um basta a essa situação”, afirmou a professora Lívia Maria.
Durante as visitas, os cartazes da paralisação do dia 31 foram afixados e os servidores receberam informações detalhadas sobre a pauta de reivindicações, que inclui melhorias salariais, condições de trabalho dignas.
Colorado do Oeste
Na próxima semana, a mobilização seguirá nas demais cidades do Cone Sul. A agenda começa por Colorado do Oeste, município que também enfrenta sérios casos de assédio a servidores, conforme denúncias recebidas pelo sindicato. Além de fortalecer a adesão à paralisação, as dirigentes estão coletando informações sobre as deficiências estruturais das escolas, que serão encaminhadas às autoridades competentes e aos parlamentares estaduais.
Intimidação a servidores
Diante de denúncias graves envolvendo intimidação a servidores da educação, especialmente professores em contrato emergencial, as dirigentes do Sintero Regional Cone Sul, agendaram reuniões com as superintendentes regionais de educação de Vilhena e Cerejeiras para tratar da situação.
Segundo relatos ouvidos, profissionais da educação estão sendo ameaçados e coagidos a não participarem das assembleias ou manifestações organizadas pelo sindicato. A pressão estaria sendo direcionada, principalmente, a professores emergenciais, que se sentem inseguros diante do risco de não renovação contratual.