A candidata a vice-prefeita de Porto Velho, Lili Rodrigues, revelou em um vídeo divulgado nas redes sociais que foi vítima de um estupro após participar de uma reunião política. “No dia 4 de outubro, após uma reunião política, eu sofri a maior violência que uma mulher pode viver na vida. Eu tô aqui pra falar sobre a violência que eu senti só por ser mulher”, desabafou Lili. A Secretaria de Estado de Segurança de Rondônia (Sesdec) confirmou a ocorrência e a Polícia Civil iniciou as investigações. As informações são do G1.
Lili Rodrigues, que além de candidata é presidente do PSOL em Rondônia, explicou que o vídeo é um pedido de socorro, principalmente às mulheres que enfrentam esse tipo de violência. Ela aproveitou para clamar por políticas públicas que garantam maior proteção às vítimas de abuso. Segundo seu relato, o crime ocorreu quando, após se sentir exausta durante a reunião, ela se deitou para descansar e acordou sendo violentada. Assustada, Lili se trancou em um banheiro antes de deixar o local em estado de choque.
O caso foi imediatamente registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Porto Velho. A vítima passou por exames médicos e tomou as medicações necessárias. Além disso, Lili solicitou medidas protetivas contra o suspeito. Até o momento, não há confirmação de que o agressor tenha sido preso.
O candidato a prefeito de Porto Velho, Samuel Costa, que compõe a chapa com Lili, também se pronunciou publicamente sobre o caso. Em um vídeo, ele demonstrou indignação e solidariedade, afirmando: “Liliane, uma mãe solo, mulher periférica e lésbica, foi vítima de um crime bárbaro, que não apenas atenta contra sua integridade, mas também contra os valores de justiça e igualdade que todos devemos proteger.”
As reações ao crime abalaram tanto o cenário político local quanto os movimentos sociais. A Rede Sustentabilidade de Rondônia, partido que também apoia a candidatura de Lili, emitiu uma nota oficial repudiando a violência sofrida por ela e reforçando que esse tipo de crime vai além de um ataque pessoal: “Esse episódio absurdo, ocorrido dentro de sua residência, a dois dias das eleições, atinge não só a vítima, mas representa um ataque a todas as mulheres da nossa cidade, Estado e País.”
O depoimento de Lili Rodrigues à polícia está previsto para a próxima segunda-feira, 7 de outubro, quando mais detalhes sobre o andamento da investigação poderão ser divulgados. Até lá, tanto seus apoiadores quanto os movimentos de defesa dos direitos das mulheres esperam por uma rápida ação da Justiça para garantir a segurança da candidata e punição aos responsáveis.