O Setembro Amarelo, Campanha Nacional de Prevenção ao Suicídio, chama atenção para a importância do cuidado com a saúde mental em todos os setores da sociedade. Nas escolas, professores desempenham um papel fundamental, não só na formação acadêmica dos alunos, mas também no apoio emocional, identificando e auxiliando estudantes em situação de vulnerabilidade. No entanto, o bem-estar dos próprios educadores muitas vezes é deixado de lado, criando um ciclo de sobrecarga emocional.
O ambiente escolar pode ser desafiador para os professores, que enfrentam altas demandas, falta de recursos e a pressão de lidar com questões sociais e emocionais dos alunos. Esse acúmulo de responsabilidades pode levar ao esgotamento. Estudos apontam que o estresse ocupacional entre os educadores têm aumentado, refletindo o impacto de uma rotina de trabalho exigente e pouco apoio para a gestão emocional.
Por outro lado, os professores têm uma posição estratégica na identificação precoce de sinais de sofrimento entre os alunos. Eles estão em contato direto com crianças, adolescentes e jovens, observando mudanças de comportamento que podem indicar a necessidade de ajuda. Essa responsabilidade, no entanto, não deve ser carregada sozinha. Para que possam cuidar dos alunos de maneira efetiva, é necessário que os professores recebam apoio psicológico, capacitação e um ambiente de trabalho que valorize sua saúde mental.
O SINTERO incentiva a promoção de ações que visam a saúde mental dos professores, defendendo que esses profissionais precisam ser amparados para lidar com os desafios do cotidiano escolar. Reforça-se a necessidade de políticas públicas e iniciativas que garantam suporte psicológico, espaços de escuta e condições de trabalho adequadas, para que a saúde mental seja prioridade tanto para educadores quanto para estudantes.
Neste Setembro Amarelo, a reflexão sobre a saúde mental nas escolas deve ir além dos alunos. É fundamental que as políticas educacionais e as instituições de ensino olhem também para o bem-estar dos professores, garantindo que esses profissionais tenham condições de cuidar de si e, assim, apoiar melhor seus estudantes. Afinal, quem cuida também precisa ser cuidado.