O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, em publicação no X, sobre o atentado realizado por um bolsonarista em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, na noite de quarta-feira (13).
Ele “lamentou e repudiou” o ato, que considera isolado, e o atribuiu a “perturbações na saúde mental” do autor. A declaração, porém, foi interpretada como uma pressão velada sobre as instituições, reforçando a tese de que, se ele não for tornado elegível pelo STF em 2026, novos atentados podem ocorrer.
O ex-chefe de Estado defendeu que o Brasil deve voltar a ser um espaço no qual “a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”. A fala é uma tentativa de condicionar a “pacificação” à restauração de sua própria posição política, sugerindo que o ambiente de paz dependeria de seu retorno ao cenário eleitoral.
Bolsonaro “dobra a aposta” ao sugerir que sua inelegibilidade poderá aumentar a instabilidade. A nota carrega um tom de ameaça e traz implícita a ideia de que sua volta à política é uma solução para cessar ataques como o ocorrido. É algo que poderia sair da boca do Coringa, o vilão de Gotham City — personagem que o terrorista encarnava quando perpetrou seu crime.