Sintero cobra governo Marcos Rocha e anuncia paralisação dia 23 no Cone Sul

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) anunciou, mais uma vez, que vai intensificar a luta em defesa da valorização da categoria. Diante da falta de avanços nas negociações com o governo Marcos Rocha, o sindicato confirmou a adesão à paralisação nacional em defesa da escola pública, marcada para o dia 23 de abril, com ações específicas em todo o estado, especialmente no Cone Sul de Rondônia.

Conforme o Sintero, a mobilização do dia 23 será marcada por paralisação estadual no período da manhã e uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO) no período da tarde, com o objetivo de pressionar o governo e chamar atenção para uma série de pautas ignoradas pela atual gestão.

Para a diretora regional do Cone Sul, professora Lívia Maria, a mobilização será intensa na região e reforça o compromisso do sindicato com a luta pela valorização profissional. “Haverá uma série de mobilizações no Cone Sul com foco na defesa da categoria. O Sintero está atento e reforçando sua luta, pois não é aceitável que o governo continue ignorando pautas tão urgentes e justas”, declarou.

Já para a diretora regional Roseli Mendes, o governo Marcos Rocha vem adotando uma postura de esvaziamento do movimento sindical, o que tem gerado grande insatisfação. “O governo está enrolando os trabalhadores em educação. Não apresenta propostas concretas e, através da Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP), apenas informou que não há condições de antecipar prazos e nem existem estudos em andamento para acelerar as discussões”, criticou.

Além da paralisação do dia 23, o Sintero anunciou que entre os dias 24 e 30 de abril, serão intensificadas ações diretas nas escolas, com atividades de conscientização e diálogo com a comunidade escolar. Também haverá manifestações em frente às Superintendências Regionais de Educação (Super) e Secretarias Regionais de Governo.

Também estão previstas mobilizações junto à agenda do governo de Marcos Rocha e da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), buscando pressionar por avanços concretos.

Já no dia 2 de maio, será convocado o sistema diretivo do sindicato para deliberar sobre novas ações, caso o governo continue inerte diante das reivindicações apresentadas pela categoria.

O Sintero reafirma seu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras em educação e destaca que, diante da omissão do governo estadual, a luta seguirá firme e cada vez mais organizada.

Entre as principais reivindicações estão:

  • Cumprimento do piso salarial nacional do magistério;

  • Criação de auxílio-alimentação e transporte para os trabalhadores em educação;

  • Correção da tabela salarial de professores e técnicos educacionais;

  • Reajuste por titularidade, conforme previsto no Plano Estadual de Educação (PEE);

  • Equiparação salarial entre técnicos de Nível I e Nível II;

  • Aprovação de uma lei estadual garantindo o mesmo percentual de reajuste do piso também para os técnicos.