Nas eleições deste ano, 84 chapas para deputado estadual ou federal, de 23 partidos, estão deixando de cumprir o mínimo de 30% de candidaturas femininas exigido por lei, segundo levantamento feito pelo GLOBO. Na maioria dos casos, as siglas apresentaram nomes de candidatas respeitando o piso, mas a rejeição de registros pela Justiça Eleitoral fez o índice de mulheres cair abaixo do percentual mínimo. Os motivos variam desde ausência de filiação da candidata à falta de documentos. Há ainda casos de renúncias de última hora.
Segundo especialistas, caso seja constatado que situações que levaram à rejeição das candidatas tenham sido intencionais — ou seja, o partido não entregou documentos de propósito ou registrou uma mulher ciente de que ela não era filiada —, todas as candidaturas da chapa podem ser invalidadas pela Justiça Eleitoral.
Conhecida por participar de projetos sociais em Macapá, a massoterapeuta Glauciane Vasconcelos decidiu tentar uma vaga de deputada federal, segundo ela, após ter a promessa do seu partido, o Avante, de que receberia recursos para fazer campanha.