Na manhã desta quinta-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fake Plan, para desarticular um grupo criminoso especializado na falsificação de documentos públicos, utilizados para dar aparência de legalidade à madeira extraída de forma ilegal.
A ação que ocorreu simultaneamente em 7 municípios de Rondônia e em uma cidade do Estado do Acre, que resultou na apreensão de bens e dinheiro que, somados, ultrapassam a casa de R$ 5 milhões, além do bloqueio de mais de R$ 115 milhões.
Em Rondônia, as ordens judiciais foram cumpridas em Espigão do Oeste, Nova Mamoré, Extrema, Buritis, Ariquemes, Porto Velho e Pimenta Bueno. No Acre, a Polícia cumpriu mandado de busca em Rio Branco.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos dois estados, resultando na apreensão de quatro veículos, com valores somados que se aproximam de R$ 1 milhão, R$ 335 mil em espécie e 300 cheques, com total estimado em R$ 4 milhões.
Segundo a Polícia, o trabalho de investigação teve início em 2020, após denúncia feita por funcionários da Secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
Durante as investigações, verificou-se a falsificação de diversas autorizações de extração, que teriam beneficiado cerca de 30 envolvidos, dentre eles pessoas físicas e jurídicas.
Após a perícia do local que era indicado nas falsas autorizações, constatou-se que se tratava de uma área de proteção ambiental, localizada na Estação Ecológica Samuel, e que, de fato, não houve extração de madeira do local, o que reforçou a suspeita de que os criminosos falsificaram os documentos para “esquentar” madeira extraídas ilegalmente.
Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra o meio ambiente e organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 27 anos de prisão, segundo informa o Rondoniagora.