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27 novembro 2024

Denunciada, comunidade terapêutica vira caso de polícia

A Polícia Civil de São Paulo mapeou mais de 20 casos envolvendo a Comunidade Terapêutica Kairós, onde um paciente morreu, com denúncias de lesão corporal, cárcere privado, maus-tratos, sequestro, desaparecimento de pessoa, ameaça e homicídio, no período entre 2017 e 2023. O levantamento foi feito a pedido da GloboNews.

A última investigação foi aberta no fim de setembro, quando o paciente Onésio Ribeiro Pereira Júnior morreu na unidade de Embu Guaçu, na Grande São Paulo. Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, ficou comprovado que ele foi assassinado e também mantido em cárcere privado. Cinco funcionários da instituição foram presos em flagrante, e o dono está preso temporariamente. O MP já pediu a conversão para prisão preventiva.

A promotora Marina França Faria Pestana também requisitou a instauração de mais um inquérito policial para apurar a prática de outros crimes, em especial o crime de tortura em relação aos demais acolhidos – ou seja, apurar se a violência era generalizada e recorrente.

Outros casos

 

“Fantástico” mostrou no último domingo (26) que, só neste ano, 61 denúncias foram feitas ao MP na região de Embu Guaçu, Juquitiba, Itapecerica da Serra e São Lourenço da Serra contra comunidades terapêuticas.

“As instituições são um verdadeiro depósito de seres humanos, sem condições de higiene, com muitas violações de direitos humanos”, classificou o promotor Alexandre Acerbi, que conduz um projeto para fiscalização desses estabelecimentos.

O Ministério Público também denunciou em outubro por tortura e cárcere privado todos os funcionários de duas comunidades terapêuticas: Nova Vida e Jeová Nissi.

A Secretária da Segurança Pública (SSP) afirmou ter encontrado dois registros de natureza não criminal de desaparecimento e encontro de pessoa em março de 2023 contra a clínica Comunidade Transformando Vidas. O local foi fechado pela Vigilância Sanitária.

Em uma das unidades da Comunidade Terapêutica Kairós, por exemplo, imagens mostram um homem sendo agredido por sete pessoas. Em outra unidade, este ano, dois internos morreram 

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