Nesta terça-feira, 16 , os servidores da educação no Cone Sul de Rondônia demonstraram sua insatisfação e determinação ao participarem de uma Assembleia Extraordinária. O resultado dessa reunião foi a deliberação por uma greve, caso as demandas dos trabalhadores não sejam atendidas pelo governo do estado. As assembleias ocorreram em Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras, onde os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero) discutiram as negociações em andamento com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Segundo os representantes da Regional Cone Sul, caso a Seduc não atenda à pauta proposta pelos servidores, a greve será deflagrada a partir do dia 22 deste mês. As demandas incluem reajustes nas gratificações de docência, desvinculadas das 32 aulas, e gratificações específicas para diretores, vice-diretores e secretários.
A falta de valorização por parte do governo tem gerado um clima de insatisfação entre os trabalhadores, como ressalta a professora Lívia Maria, que liderou a reunião em Vilhena. Ela destacou a necessidade de valorização da classe e cobrou a realização de concursos e contratação de professores efetivos, algo que não ocorre desde 2016 em Rondônia. A ausência de reajustes nos auxílios alimentação e saúde também foi destacada como um ponto de insatisfação, além do descumprimento de acordos anteriores pelo governo.
Em Cerejeiras, a secretária escolar Roseli Mendes expressou sua preocupação com a falta de respeito aos técnicos da educação, que estão há mais de doze anos sem reajustes. Essa situação foi descrita como um descaso com a classe trabalhadora.
O representante do sindicato em Colorado do Oeste, professor Luiz Alberto, compartilhou a preocupação dos trabalhadores, afirmando que a greve se tornou o último recurso diante da intransigência do governo em atender às demandas da classe.
Diante desse cenário, fica evidente a determinação dos trabalhadores em educação de Rondônia em lutar por seus direitos e por uma valorização justa de seu trabalho. A greve se configura não apenas como um instrumento de reivindicação, mas como um símbolo da união e da luta por condições dignas de trabalho e remuneração adequada. O desfecho dessa mobilização será aguardado com atenção, pois pode ter repercussões significativas não apenas para os trabalhadores em educação, mas para toda a comunidade escolar e para o sistema de ensino do estado de Rondônia.