Mídia Rondônia – A poluição causada pelas queimadas tem efeitos profundos na saúde humana, afetando não apenas o sistema respiratório, mas também órgãos como o coração, cérebro, rins e fígado. De acordo com profissionais de saúde consultados pelo jornal Mídia Rondônia, o impacto da poluição é medido pela natureza e tamanho das partículas presentes no ar.
As partículas mais grossas, provenientes da queima de biomassa, irritam as vias respiratórias superiores, causando desconforto no nariz e garganta. Entretanto, o maior perigo está nas partículas mais finas, além dos gases tóxicos emitidos. Estas substâncias conseguem penetrar profundamente nas estruturas pulmonares, chegando até a corrente sanguínea e se espalhando por todo o corpo.
Os especialistas explicam que, uma vez que esses poluentes atingem o sangue, eles podem desencadear processos inflamatórios em órgãos vitais, como coração e cérebro. “A inflamação pode se tornar crônica, piorando condições preexistentes ou até mesmo desencadeando novas doenças em pessoas previamente saudáveis”, alertam os médicos consultados
Os efeitos da exposição prolongada à poluição das queimadas podem incluir o agravamento de doenças cardiovasculares e pulmonares, como bronquite, asma e enfartes. No cérebro, a inflamação contínua pode estar associada ao aumento do risco de derrames e declínio cognitivo.
Com a chegada da estação seca e o aumento das queimadas na Amazônia e no cerrado, os profissionais de saúde destacam a importância de medidas preventivas, como o uso de máscaras adequadas, evitar atividades ao ar livre em dias de muita fumaça e manter os ambientes internos o mais limpos possível. O monitoramento da qualidade do ar também é fundamental para ajudar a população a se proteger dos efeitos nocivos da poluição.
Fonte: Mídia Rondônia