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18 setembro 2024

Brasil vive terrorismo climático; PF prende 17 pessoas e investiga mandantes

Mídia Rondônia – O Brasil está vivendo uma crise ambiental sem precedentes, classificada como “terrorismo climático” pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em entrevista recente, a ministra denunciou que pessoas estão deliberadamente se aproveitando das altas temperaturas e da baixa umidade para provocar incêndios em diversas regiões do país. As queimadas, que já atingiram áreas agrícolas, pastagens e florestais, estão causando impactos devastadores para a saúde pública, a biodiversidade e a economia nacional.

“Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático”, declarou Marina Silva, ressaltando que o momento exige ação conjunta e contínua de todos os agentes públicos já mobilizados. A ministra destacou que, em meio a uma das maiores secas da história do Brasil, dois estados são as únicas exceções, não passando por condições de seca extrema.

Prejuízos

A ministra detalhou que os danos são alarmantes. Apenas no estado de São Paulo, as perdas para os agricultores, especialmente os produtores de cana-de-açúcar, já somam R$ 2 bilhões. No total, 900 mil hectares de terras agrícolas e de pecuária foram queimados, 1,4 milhão de hectares de pastagens foram devastados, e mais de 1 milhão de hectares de áreas florestais estão em chamas.

“Uma floresta úmida não pega fogo. O problema é que, com a mudança climática, as florestas estão perdendo umidade. Como os cientistas alertam, cerca de 32% dos incêndios são provocados intencionalmente para degradar ainda mais a floresta”, explicou Marina Silva.

Crime intencional e punições

Segundo a ministra, 17 pessoas já foram presas e há 50 inquéritos em andamento relacionados a esses incêndios criminosos. Ela destacou que é possível que haja um incentivo por trás dessas ações, o que será alvo de investigações aprofundadas pela Polícia Federal. A ministra chegou a comparar os incêndios com a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, mencionando que ambos envolvem pessoas agindo deliberadamente para causar caos no Brasil.

“Quando você sabe que atear fogo em uma situação dessas é como acionar um barril de pólvora, trata-se de uma intenção criminosa. É fundamental que a PF continue investigando com inteligência para descobrir a origem dessas motivações”, alertou a ministra.

Marina Silva defendeu a aplicação de penas mais rígidas para os responsáveis por tais crimes ambientais, lembrando que a punição atual varia de um a quatro anos de prisão. Ela enfatizou que é inadmissível que, diante de uma crise ambiental e climática tão grave, pessoas continuem incendiando o país, prejudicando não apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública e os sistemas produtivos.

Ação coordenada

O governo brasileiro está intensificando os esforços para conter os incêndios e responsabilizar os culpados. Marina Silva reforçou que a situação exige uma mobilização contínua de todos os níveis de governo, além do trabalho conjunto entre as forças de segurança e órgãos de inteligência. A ministra destacou a importância de uma resposta coordenada para evitar que esses atos criminosos continuem agravando a já crítica situação climática no país.

Com informações da Agência Brasil

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