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8 outubro 2024

Senador diz que fundo de campanha foi erro e escancarou o caixa dois

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, revisou sua posição sobre o financiamento público de campanhas eleitorais. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o parlamentar classificou a decisão de utilizar verbas públicas para financiar candidaturas como “um erro” e argumentou que a medida acabou intensificando o uso de caixa dois com dinheiro privado. “O modelo de financiamento que instituímos com o intuito de moralizar o processo eleitoral acabou desmoralizando ainda mais o sistema. Escancarou as portas para o caixa dois”, afirmou.

Randolfe foi um dos defensores do sistema de financiamento público aprovado em 2017 pelo Congresso, após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir doações empresariais. Contudo, agora ele defende a criação de um modelo misto, ou semipúblico, que permita doações de empresas, mas com limitações para evitar o desequilíbrio econômico nas disputas eleitorais.

“Temos que rediscutir essa questão e instituir um modelo semipúblico, com travas para o financiamento privado”, afirmou o senador. O modelo proposto por ele reduziria drasticamente o fundo eleitoral, que neste ano foi de R$ 4,96 bilhões, para aproximadamente R$ 1 bilhão. “O peso sobre o Orçamento é enorme hoje. Se reduzirmos o fundo eleitoral para R$ 1 bilhão, veja quantas coisas poderíamos fazer.”

O senador avalia que o modelo atual encarece as campanhas e aumenta a opacidade das contribuições privadas, que acabam correndo paralelamente ao fundo público, sem o devido controle das autoridades. Ele sugeriu que o novo sistema daria mais transparência às doações empresariais, trazendo-as de volta ao cenário eleitoral com regulamentações mais rígidas.

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