A Prova Nacional Docente deverá ser aplicada em outubro, afirma Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Durante um evento promovido pela ONG Todos Pela Educação nesta quinta-feira (13), em São Paulo, Palacios também adiantou que:
- as inscrições devem começar em junho;
- os resultados serão divulgados em dezembro, para que as redes selecionem seus professores a tempo do início do novo ano letivo.
O que é? Criada pelo Ministério da Educação (MEC), a nova avaliação deverá funcionar como um concurso nacional e unificado para selecionar professores de educação básica que lecionarão nas redes públicas de ensino.
Os municípios e estados interessados em usar as notas para contratar seus docentes devem aderir ao programa até 17 de abril. A cidade de São Paulo, por exemplo, já confirmou que adotará a prova em seu processo seletivo, afirma Fernando Padula, secretário municipal de Educação.
Por que o concurso foi criado? Entre os objetivos, estão: aumentar o número de profissionais efetivos (usando critérios adequados) e elevar a frequência das contratações— sem exigir que cidades pequenas, que usualmente sofrem com problemas logísticos e orçamentários, tenham de organizar seus próprios processos seletivos.
“Ainda que o processo de adesão não tenha sido concluído ainda, já sabemos que serão ao menos 250 mil candidatos que se formaram em cursos de licenciatura”, afirma Palacios.
Além disso, o presidente do Inep afirmou que “teremos critérios mais claros na admissão de professores” para estados e municípios.
Como será a prova? A avaliação usada no concurso é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), na versão específica para licenciaturas, criada em 2024.
Um terço do exame, aplicado anualmente, será de perguntas gerais para professores, e dois terços, de questões específicas da disciplina lecionada pelo candidato.
G1