Após uma virada emocionante nas urnas, Guilherme Boulos (PSOL) enfrentará Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo.
O segundo turno, como diz o velho, clichê, é uma nova eleição, em que Boulos terá a tarefa de consolidar um movimento capaz de derrotar o bolsonarista Ricardo Nunes, o pior prefeito que São Paulo já teve, e que vive amparado em uma máquina poderosa de corrupção que inclui o PCC e o lixo da elite paulistana.
Com 95,4% das urnas apuradas, Nunes tinha 29,55%, Boulos, 28,98%, e Pablo Marçal (PRTB), 28,16%. O segundo turno das eleições 2024 está marcado para o dia 27 de outubro
A apuração foi marcada por uma ascensão impressionante de Boulos, que conseguiu ultrapassar o picareta fascista Pablo Marçal (PRTB), garantindo sua posição no segundo turno. A estratégia adotada por Boulos na campanha, visando controlar a rejeição, mostrou-se eficaz. A de Boulos ficou na altura dos 40%, enquanto a do pilantra Marçal explodiu.
Agora, com a nova fase da campanha em vista, Guilherme Boulos enfrenta o desafio de expandir sua base de apoio para além dos limites do eleitorado progressista.
Uma das chaves para essa expansão será buscar o apoio de Tabata Amaral. A adesão de Tabata pode ser decisiva para Boulos, proporcionando a ele uma base mais ampla para competir contra Nunes. Se ela decidir por lavar as mãos, corre o risco de ter o mesmo destino de Ciro Gomes, hoje um morto-vivo obeso que não elege ninguém nem em seu feudo, Sobral (CE).
Ricardo Nunes, por sua parte, representa a continuidade de uma gestão alinhada com as práticas mais reacionárias e com o governador Tarcísio de Freitas, presidenciável para 2026.
O segundo turno é uma disputa com características próprias e decisivas. Boulos se apresenta como a figura que pode virar o jogo e oferecer a São Paulo uma liderança inovadora e inclusiva, contrastando fortemente com o perfil e as políticas de Nunes.