O vereador Wilian Cândido (Republicanos) pediu afastamento de 90 dias do cargo após a repercussão de uma ocorrência policial em que foi flagrado por importunação sexual. A decisão foi anunciada neste sábado (10), poucas horas depois de a Câmara Municipal de Ji-Paraná publicar uma nota oficial de repúdio condenando o comportamento do parlamentar.
Na nota, assinada pela Mesa Diretora, os vereadores afirmam que o ato praticado por Cândido é “absolutamente incompatível com a postura ética e moral que se espera de um agente público”. O documento prossegue destacando que a Casa de Leis “não compactua com a atuação de qualquer membro do Legislativo Municipal que desonre a instituição e atente contra a sociedade”.
Diante da forte repercussão, Wilian Cândido assumiu o envolvimento na ocorrência e reconheceu “a gravidade dos fatos e a necessidade de dedicar-se integralmente à sua defesa”, solicitando o afastamento por 90 dias para tratar de “assuntos particulares”.
Nos bastidores, no entanto, fontes ligadas ao Legislativo afirmam que a Mesa Diretora pressionou o parlamentar a deixar temporariamente o cargo para conter os danos à imagem da Câmara e evitar um julgamento mais severo da opinião pública.
O episódio provocou indignação entre lideranças políticas e movimentos sociais do município, que cobram coerência da Câmara diante de casos anteriores. O ex-vereador Weliton Fonseca, por exemplo, lembrou nas redes sociais que teve o mandato cassado pela mesma Casa por acusações de natureza política e administrativa, e criticou a tentativa de proteção ao atual vereador, flagrado se masturbando em frente à residência de uma mulher.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Rondônia, e até o momento nenhum processo de cassação foi oficialmente aberto contra Wilian Cândido na Câmara de Ji-Paraná.






