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21 janeiro 2025
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Barrado na posse de Trump, Eduardo Bolsonaro dá justificativa bizarra: “Inviável”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que viajou a Washington para tentar participar da cerimônia de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi barrado do evento principal e deu uma justificativa bizarra para sua ausência.

Em um longo texto publicado na madrugada desta terça-feira (21) em suas redes sociais, o parlamentar, que representaria seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, nas solenidades, tentou explicar os “perrengues” que o impediram de ocupar um lugar de destaque na posse de Trump.

Como Jair Bolsonaro está com o passaporte retido pela Polícia Federal (PF) e impedido de viajar para fora do país, Eduardo e a ex-primeira-dama foram aos EUA anunciando que representariam o ex-presidente. A verdade, no entanto, é que ambos participaram apenas de um baile na noite de domingo (19) que era possível comparecer comprando ingressos e não conseguiram autorização para acompanhar o evento principal da posse do novo presidente dentro do Capitólio. Michelle e Eduardo, então, tiveram que assistir a cerimônia pela televisão.

Segundo o deputado federal, Jair Bolsonaro teria lugar certo na cerimônia no Capitólio, sendo que ele e Michelle não teriam comparecido ao evento pois “apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar”.

“Devido à transferência da cerimônia para a Rotunda do Capitólio, apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar. Todos os demais convidados, incluindo o presidente do Paraguai e presidentes de partidos europeus, foram direcionados ao Capital One Arena, local escolhido por Trump para assinar seus primeiros decretos como presidente e discursar ao público. Como todos sabem, é comum ocorrerem atrasos em datas agitadas como a de hoje – tanto que Trump só chegou à Capital One Arena às 17h, duas horas após o previsto. Ontem, estive no Capital One Arena sob intensa neve para acompanhar um comício de Trump. Havia um extenso cordão de isolamento nos locais centrais, permitindo acesso apenas a pé”, escreveu Eduardo Bolsonaro.

“Essas medidas de segurança tornavam inviável deslocar-se entre a Arena e o hotel, e depois comparecer ao Starlight Ball, evento que contará com a presença do Presidente Trump e para o qual eu, minha esposa Heloísa e Michelle fomos convidados”, prosseguiu o deputado.

Apesar de ter sido “barrado”, Eduardo Bolsonaro insistiu que Trump teria concedido a ele e Michelle um “lugar de destaque” na cerimônia de posse.

“Muitos brasileiros precisam superar o complexo de inferioridade. Por anos, o Brasil foi relegado à irrelevância pela diplomacia da maior potência mundial, mas, graças ao trabalho que realizamos entre 2019 e 2022, Trump hoje nos concedeu um lugar de destaque, o que deveria ser motivo de comemoração e orgulho para todos que desejam o bem do Brasil”, finalizou.

Confira: 

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Onde Eduardo e Michelle viram a cerimônia de posse de Trump 

Autoridades norte-americanas e representantes diplomáticos de centenas de países estavam nesta segunda-feira (20) dentro do Capitólio, em Washington, para assistir à cerimônia oficial de posse de Donald Trump, e até mesmo o presidente argentino, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, compareceram, algo incomum por lá porque a festividade de posse não é voltada a chefes de Estado e de governo.

Quem passou os últimos dias criando um verdadeiro pandemônio, porque gritava por todos os cantos que havia sido convidado, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi impedido de ir aos EUA por estar com o passaporte apreendido pela Justiça, que o processa por tentativa de golpe de Estado e acredita que há risco de fuga do extremista. Foi então que ele “enviou oficialmente” o filho Eduardo e a esposa Michelle para “representá-lo”.

Os rumores de que o convite era uma farsa já rolavam pelas redes há pelo menos duas semanas. É fato que Trump tem algum nível de relação com Bolsonaro e que eles pertencem a uma mesma tendência ideológica radical, para além do fato de terem ocupado as presidências de seus países num mesmo período. No entanto, o que parecia óbvio apenas se confirmou: tudo era uma forçação de barra de Eduardo, que manobrava para o pai aparecer como um “papagaio de pirata” perto do homem mais poderoso do mundo.

Nesta tarde, com a cerimônia em andamento, Eduardo e Michelle não foram ao Capitólio porque não foram convidados. Os dois assistiram ao ato pela TV, na Heritage Foundation, uma think tank conservadora, expressão pomposa para indicar uma espécie de grupelho de lunáticos ultrarreacionários endinheirados que propõem as maiores insanidades como políticas públicas. O bizarro “Projeto 2025”, por exemplo, que levaria os EUA praticamente a uma nação com visão de mundo medieval, é encampado pela Heritage Foundation.

Antes de chegar à tal think tank, Michelle ainda desfilou um modelito vermelho pelas ruas de Washington e se deixou fotografar, tudo para postar depois no Instagram.

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