A Polícia Federal (PF) colocou em campo mais de seis mil agentes com o objetivo de coibir crimes eleitorais, como a compra de votos e o aliciamento de eleitores, durante o primeiro turno das eleições de 2024, neste domingo (6). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, em apenas uma hora após a abertura das urnas, 56 pessoas foram conduzidas por supostos crimes eleitorais, com foco na compra de votos e propaganda irregular.
Além das detenções, foram abertos 15 inquéritos, lavrados 14 termos de ocorrência e efetuados 10 flagrantes. A PF apreendeu R$ 169.555,02, dos quais R$ 104.468,00 estavam em espécie. Com isso, o total de bens e valores confiscados pela PF neste ano chega a R$ 48,5 milhões, sendo R$ 21 milhões em espécie.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, que coordena a atuação das forças de segurança durante as eleições, relatou a ocorrência de 52 crimes eleitorais até o momento, incluindo 12 casos de compra de votos e quatro de propaganda irregular. Foram registrados também 13 crimes comuns contra candidatos, entre os quais ameaças, calúnia, injúria e até tentativa de homicídio.
A Operação Eleições 2024, que conta com 61,2 mil agentes das polícias civil e militar, também prendeu seis pessoas em flagrante, incluindo dois candidatos. Entre as infrações mais graves destacam-se o uso de violência ou grave ameaça para manipular votos, o transporte ilegal de eleitores e o envolvimento do crime organizado no apoio a candidatos. Para intensificar a vigilância, a PF está utilizando drones em áreas críticas, visando evitar crimes de boca de urna e compra de votos.