Os moradores de Vilhena estão há quase duas semanas sem transporte público, após a empresa responsável pelo serviço suspender as atividades no dia 21 de fevereiro. A situação tem causado transtornos para a população, especialmente trabalhadores e estudantes que dependem dos ônibus para se locomover.
A falta do transporte coletivo afeta cerca de 1.200 estudantes da rede estadual e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro), além de funcionários de frigoríficos e empresas localizadas em áreas mais afastadas. Para tentar minimizar os prejuízos no calendário letivo, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que busca soluções emergenciais.
O resultado do contrato emergencial para definir uma nova empresa operadora do transporte coletivo deveria ter sido divulgado nesta terça-feira (4), mas foi adiado por causa do feriado de carnaval.
Crise no transporte e dívida de R$ 500 mil
A empresa que operava o transporte público em Vilhena há 15 anos afirmou que a prefeitura deixou de pagar pelo serviço por cinco meses, acumulando uma dívida de aproximadamente R$ 500 mil. Segundo a transportadora, a falta de repasses inviabilizou a manutenção da frota e o pagamento dos salários dos funcionários, levando à paralisação total do serviço.
A prefeitura, por sua vez, atribui a dívida ao não pagamento pelo transporte gratuito de grupos isentos de tarifa, como estudantes e idosos. A administração municipal argumenta que a empresa poderia ter suspendido apenas os serviços gratuitos, mas optou por interromper todas as linhas.
Contrato emergencial atrasado
A Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito de Vilhena (Semtran) planejava divulgar o resultado do contrato emergencial no dia 4 de março. No entanto, o processo foi adiado devido ao feriado de carnaval.
Inicialmente, a proposta deveria ter sido enviada às empresas no dia 26 de fevereiro, mas isso só aconteceu na última sexta-feira (28). Com o feriado, o prazo para as empresas responderem foi estendido, e ainda não há uma nova data oficial para a divulgação do resultado.
A população segue aguardando uma solução para a retomada do transporte coletivo na cidade.