A Polícia Civil investiga se a namorada do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, matou a vítima com um brigadeirão envenenado e o dopou com remédios controlados. Contra a mulher consta um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado, e ela já é considerada foragida da polícia. Na terça-feira (28), a possível cúmplice de Júlia no crime foi presa pela 25ª DP (Engenho Novo), responsável pelas investigações. Trata-se da cigana Suyane Breschak, que teria ajudado a suspeita a se desfazer dos bens do empresário.
Os agentes, então, chegaram à cigana, que disse que a autora tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Júlia seria garota de programa e mantinha um relacionamento com outro homem, além do empresário. Na data do crime, ela teria oferecido a Luiz Marcelo um brigadeirão envenenado.
Ainda segundo a mulher, a autora permaneceu no apartamento – informação confirmada pelas imagens de câmeras de segurança analisadas – e mandava mensagens se queixando do cheiro que o corpo em decomposição exalava. Em determinado momento, chegou a dizer que havia um urubu na janela. A namorada também teria enviado mensagens pelo celular do empresário, se passando por ele.
Em depoimento, Suyane Breschak confessou ter ajudado a dar fim aos pertences da vítima e revelou que boa parte de seus ganhos vinham dos pagamentos da dívida citada. Contra ela, foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado.
Ao longo da investigação, em que diversas testemunhas prestaram depoimento, a namorada chegou a ser ouvida na delegacia, onde demonstrou muita frieza e afirmou que não tinha conhecimento até então da morte de Luiz Marcelo. Segundo ela, a vítima teria aberto uma conta conjunta nos nomes dos dois. Imagens mostraram a mulher indo ao condomínio para buscar o cartão desta conta, entregue por correspondência, enquanto o homem já estava morto.